Brasil deve passar de 166 mil mortes por covid-19 em outubro
América Latina pode chegar a quase 390 mil, tendo Brasil e México como responsáveis por dois terços delas

O número de mortes por coronavírus na América Latina deve chegar a 388.300 em outubro, com Brasil e México sendo responsáveis por dois terços das mortes, conforme outros países da região limitem seus surtos, disseram pesquisadores nesta quarta-feira, 25.
A região emergiu como um novo epicentro global para a pandemia em rápida expansão, conforme as mortes ultrapassaram 100.000 pessoas nesta semana e os casos triplicaram de 690.000 há um mês para 2 milhões.
Altos níveis de pobreza e grandes setores informais --o que significa que muitos trabalhadores não podem ficar em quarentena-- combinaram-se com a superlotação nas cidades e cuidados de saúde públicos inadequados, particularmente em comunidades rurais isoladas, para atrapalhar a luta da América Latina para conter o contágio.
O Brasil deve exceder 166.000 mortes e o México 88.000, de acordo com a previsão do Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde (IHME) da Universidade de Washington.
Os líderes do Brasil e do México estão sendo castigados por não levarem o vírus a sério o suficiente e pressionarem pela reabertura de suas economias antes que o vírus tivesse sido domado.
"O Brasil está em um momento sombrio. A menos que e até que o governo tome medidas sustentadas e aplicadas para retardar a transmissão, o país continuará sua trágica trajetória ascendente de infecções e mortes", afirmou o diretor do IHME, dr. Christopher Murray.
Ao mesmo tempo que o presidente Jair Bolsonaro continua minimizando a gravidade da crise da saúde, o Brasil atingiu nesta quarta-feira 1.188.631 casos confirmados e 53.830 mortes.
Os pesquisadores do IHME alertaram que a perda de vidas poderia aumentar ainda mais do que a previsão já sombria se as diretrizes sobre o uso de máscaras e o distanciamento social forem relaxados.
No pior cenário, o número de mortos pela Covid-19 pode chegar a 340.476 pessoas no Brasil e 151.433 no México, segundo o relatório.
A previsão é que Argentina, Chile, Colômbia, Equador, Guatemala e Peru tenham mais de 10.000 fatalidades. Em contraste, 15 países, incluindo Paraguai, Uruguai e Belize, devem registrar menos de 1.000 mortes cada.
"Vários países latino-americanos estão enfrentando trajetórias explosivas, enquanto outros estão segurando as infecções efetivamente", disse Murray.
A transmissão pode ser reduzida pela metade em comunidades onde as pessoas estão usando máscaras ao sair de casa, de acordo com o IHME.
"O aumento de testes e o uso de máscaras são ferramentas importantes para reduzir o número dessa pandemia no México, além de manter distância saudável", disse o dr. Rafael Lozano, diretor de Sistemas de Saúde do IHME.
Se o uso de máscaras subir para 95%, o Brasil poderá ver apenas 147.431 mortes e o número previsto de mortes no México poderá cair para 79.652, disseram os pesquisadores.
Veja também
Últimas notícias

Veja como ficou o carro do goleiro Rossi após tentativa de assalto com tiros na Linha Amarela

Polícia investiga possível instigação moral de pai no caso de irmãos que mataram homem com foice

'Em Maceió, os Direitos básicos só chegam por ordem judicial', diz Teca Nelma durante sessão

Covid-19: novo estudo sugere que coronavírus surgiu em morcegos

Cabo Bebeto critica homenagem a Margareth Menezes na Assembleia Legislativa de Alagoas
Câmara aprova relatório de Alfredo Gaspar que pode livrar Bolsonaro de ação no STF
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
