Bolsonaro diz que cloroquina “não tem comprovação” e “não recomenda” uso
Presidente orientou que pacientes procurem um médico
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) amenizou o discurso fervoroso que vinha fazendo em defesa da hidroxicloroquina.
Durante transmissão ao vivo do Palácio da Alvorada no fim da tarde dessa quarta-feira (15/7), o chefe do Executivo chegou a destacar o fato de não haver comprovação científica de que o medicamento seja eficiente no combate à Covid-19. Bolsonaro disse, também, que não faz campanha para o remédio e disse não recomendá-lo.
“Eu não recomendo nada, eu recomendo que você procure seu médico e converse com ele. O meu, no caso, médico militar, foi recomendado hidroxicloroquina”, disse o presidente antes de anunciar que ainda está infectado com o novo coronavírus.
Bolsonaro afirmou que se sentiu melhor após tomar o fármaco. Segundo o capitão reformado do Exército, ele teve febre de 38 graus, cansaço e dores musculares antes da começar o uso da hidroxicloroquina.
“Coincidência ou não, sabemos que não tem nenhuma comprovação científica, mas deu certo comigo. No mais, não existe nenhum medicamento ainda no mundo que tenha comprovação científica constatada. Então, é uma situação de observação, que deu certo comigo, deu certo com muita gente. Muitos médicos dizem que a hidroxicloroquina funciona. Não estou fazendo nenhuma campanha para o medicamento, afinal de contas, o custo é baratíssimo e, talvez, por causa disso, que tem muitas pessoas contra. E outras, parece, por questões ideológicas, parece”, acusou.
No total, o presidente da República já foi submetido a cinco exames que apontaram ou não a presença do vírus. Os três primeiros, feitos no retorno dele de uma viagem aos Estados Unidos, deram negativos. Recentemente, dois foram positivos.
Bolsonaro tem 65 anos e faz parte da faixa etária considerada por especialistas como grupo de risco da Covid-19.