Governo propõe salário mínimo de R$ 1.067 em 2021, sem aumento real
O texto do governo também traz uma redução no Orçamento para a saúde

O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), enviado nesta segunda-feira (31/08) pelo governo Jair Bolsonaro ao Congresso Nacional, prevê que em 2021 o salário mínimo seja de R$ 1.067. O valor é R$ 12 menor que ao montante inicial de R$ 1.069 previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) do ano que vem, divulgada em abril.
Assim, o reajuste será apenas uma atualização considerando a estimativa da inflação para 2020, sem ganho real. Segundo a Constituição Federal, o salário mínimo deve ser corrigido, pelo menos pela variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior.
Em abril, quando o governo mandou ao Congresso a PLDO, a previsão era que o INPC teria uma alta de 3,27%, porém, esse valor que caiu para 2,09%. Com a correção em cima apenas da inflação, o salário mínimo não terá aumento real pelo segundo ano consecutivo.
No entanto, o valor previsto traz um aumento de R$ 22, quando comparado com o salário mínimo atual, que é de R$ 1.045.
Após a entrega ao Legislativo, o texto segue para discussão na Comissão Mista do Orçamento no Congresso Nacional e deverá ser votado até o final do ano.
Queda na Saúde
O texto do governo também traz uma redução no Orçamento para a saúde. Apesar da dotação atual estar mais alta, o orçamento aprovado pela Lei Orçamentária de 2020 era de R$ 138,959 bilhões. Para 2021, o governo prevê R$ 136,765 bilhões.
Com a crise sanitária causada pela pandemia da Covid-19, a dotação atual do ministério da Saúde é de R$ 174,850 bilhões.
Cenário macroeconômico
Segundo o PLOA 2021, a estimativa do governo para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano é de 3,2%. A projeção é a mesma que a divulgada em julho, no entanto, menor do que a prevista pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), enviada ao Congresso em abril, a previsão era de R$ 3,30%.
Para a taxa básica juros, a Selic, a equipe econômica prevê uma média de 2,13% ao ano, ante 4,33% ao ano na LDO. A projeção para o câmbio subiu de R$ 4,29 na LDO, para R$ 5,11 no PLOA.
Já para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), um dos indicadores de inflação do país, a projeção para o ano que vem recuou para 3,24%, ante 3,65% estimado em abril.
Além disso, o PLOA prevê uma despesa total de R$ 1,516 trilhão em 2020. O valor é equivalente a 19,8% do PIB. Do total, 93,7% são em despesas obrigatórias, que somam R$ 1,420 trilhão. Assim, sobram R$ 96 bilhões do orçamento total para despesas discricionárias.
O déficit primário estimado para as contas do setor público consolidado em 2021 é de R$ 237,3 bilhões. Para 2022 e 2023, a previsão é de rombos fiscais de R$ 184,4 bilhões e R$ 152,6 bilhões, respectivamente.
Veja também
Últimas notícias

Sesau discute fluxo de acesso a medicamento que evita infecções em recém-nascidos

Mulher é vítima de ameaças por parte do ex-companheiro em Olho d’Água do Casado

Entregadores por aplicativo protestam na Avenida Fernandes Lima, em Maceió

Paraguai investiga ataque hacker do Brasil, que culpa gestão Bolsonaro

Protagonismo das vereadoras na Câmara de Maceió fortalece a defesa pelos direitos das mulheres

Compras em sites internacionais ficam mais caras, a partir desta terça (1º), em AL
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
