Covid -19

Deficiência de vitamina D pode agravar os sintomas de Covid-19 entre negros

Pesquisadores de todo mundo tem realizado estudos sobre o assunto

Por 7Segundos 11/09/2020 11h11 - Atualizado em 11/09/2020 11h11
Deficiência de vitamina D pode agravar os sintomas de Covid-19 entre negros
Casos de coronavírus entre negros - Foto: Reprodução

Desde o início da pandemia do novo coronavírus, pesquisadores de todo o mundo tem realizado inúmeros estudos e buscado soluções e propostas diferentes para abordar a doença.

De acordo com um estudo recente divulgado pela Universidade de Turim, pacientes hospitalizados pela Covid-19 apresentaram níveis de vitamina D reduzidos, gerando uma hipovitaminose.

A vitamina D desempenha um papel em todo o corpo e cumpre funções importantes. Uma grave deficiência de vitamina D, é considerada quando o valor é igual ou inferior a 12 nanogramas por mililitro de sangue, o que leva a deformações ósseas graves e dolorosas, chamadas de raquitismo em bebês e crianças pequenas e osteomalacia em adultos.

Entre a população negra, a deficiência da vitamina é considerada comum pelos nutricionistas já que os negros possuem mais dificuldade de absorver-la devido a grande quantidade do pigmento melanina em seus corpos .

A nutricionista Tais Tavares, explica que a vitamina D pode ser absorvida por alguns alimentos,mas a maior parte é adquirida pela exposição ao sol.

"A vitamina D é formada a partir de alimentos de origem vegetal e animal e também sintetizada na pele pela ação da luz ultravioleta (exposição solar). A contribuição dos alimentos é menor quando comparada à síntese de vitamina D pela pele, sendo importante a exposição ao sol, além do consumo de alimentos fontes dessa vitamina como óleo de fígado de bacalhau, peixes, frutos do mar, leite fortificado, ovos, fígado", explicou .

As estatísticas revelam que no estado de Alagoas o número de negros vítimas da Covid-19, excede ao número de brancos e de acordo com o estudo isso pode estar diretamente associado a deficiência de vitamina D por parte dessa população. Outros fatores influenciam nesse contexto, sejam eles sexo, idade, condições físicas ou sociais.

Desde então, a análise dos números refletem em parâmetros epidemiológicos em todo mundo. Devido a isso os cientistas seguem realizando estudos e pesquisas sobre o assunto.