Polícia pede exumação do corpo de jovem morta após fazer cirurgia plástica
A cabeleireira morreu no último sábado (12) após realizar três procedimentos estéticos
A PC (Polícia Civil) de Minas Gerais pediu a exumação do corpo da jovem Edisa de Jesus Soloni, de 20 anos. A cabeleireira morreu no último sábado (12) após realizar três procedimentos estéticos em uma clínica de cirurgia plástica em Belo Horizonte.
Segundo a polícia, o pedido de exumação ocorreu para identificar "incongruências" entre relatórios da Clínica Belíssima, onde a jovem fez os procedimentos, e o atestado de óbito.
"A exumação irá ajudar a detectar incongruências nos relatórios e prontuários fornecidos pelos estabelecimentos hospitalares e o atestado de óbito", afirmou a polícia em nota enviada ao UOL.
A corporação ainda confirmou ao UOL que investigadores e um médico perito da PC, especializado em cirurgias plásticas, foram até a clínica Belíssima na manhã de ontem para dar continuidade às investigações acerca da morte da jovem.
"Durante os trabalhos o suspeito responsável pela intervenção cirúrgica e o anestesista foram ouvidos. Os investigadores verificaram toda a estrutura da clínica e os equipamentos utilizados nos procedimentos."
Além disso, a PC informou que pedirá a "suspensão temporária do trabalho das atividades da clínica".
A reportagem tenta contato com a Clínica Belíssima, mas, até o momento, não teve retorno. O UOL também tentou contato com o advogado da família para comentar o caso, mas ainda não teve respostas também.
Entenda o caso
Edisa realizou três cirurgias plásticas na sexta-feira (11) e, um dia depois, seu quadro piorou e ela foi levada ao Hospital Felício Rocho, porém, morreu no mesmo dia. O atestado de óbito aponta que a causa da morte foi embolia pulmonar.
Semea Soloni, irmã da cabeleireira, disse ao UOL que desde maio a jovem planejava realizar o "sonho" de fazer essas cirurgias e aponta para a negligência do médico responsável pelo procedimento.
Para a irmã e os familiares, o médico sabia que havia uma recomendação para realizar a operação em um hospital, porém, decidiu fazer na clínica.
"Ela [Edisa] fez todos os exames do pré-operatório, mas o risco cirúrgico dela apresentou uma pequena mancha no coração. Ela estaria apta para poder operar, mas somente em hospital e não em clínica", contou Samea.