Alagoas

Cresce o número de refugiados venezuelanos em Alagoas

Os dois primeiros venezuelanos chegaram ao Estado ainda em 2008

Por Marcos Filipe Sousa 29/09/2020 14h02
Cresce o número de refugiados venezuelanos em Alagoas
Estado recebeu sete pedidos de refúgio nos últimos anos - Foto: ACNUR/Bruno Covello

Largando suas vidas e os sonhos deixados na Venezuela, diversos imigrantes pedem acolhida no Brasil, e hoje estão espalhados em diversos estados, inclusive em Alagoas. 

Segundo o Atlas Temático-Migrações Venezuelanas lançado nesta terça-feira (29) pela Unicamp em parceria com outras instituições mostra que houve um aumento dessas pessoas no Estado, que tentam aqui, reconstruir suas vidas.

Os dois primeiros venezuelanos chegaram a Alagoas ainda em 2008 e no ano passado esse número pulou para 28, somando no decorrer dos anos, 80 pessoas estão vivendo no Estado.

Desse grupo, um está trabalhando na área de ciências e artes; dois em trabalhos de nível técnico-médio e três trabalhando no comércio.

A pesquisa ainda ponta que 14 deles estão estudando regularmente em alguma instituição de ensino no Estado.

O estudo ainda aponta que de 2017 até 2019, o Estado recebeu sete pedidos de refúgio. 

Durante a pandemia da Covid-19, as famílias estão sendo ajudadas pela Cáritas da Arquidiocese de Maceió.

Como ocorreu a imigração?

A pesquisa permitiu captar as três ondas migratórias de venezuelanos que chegaram ao Brasil nos últimos anos —fugindo, como mais de 5 milhões de conterrâneos, da forte crise econômica e humanitária em seu país, no maior êxodo da história recente da região.

A primeira corrente, de 2012 e 2014, é de imigrantes altamente qualificados que chegaram pelo aeroporto de Guarulhos e optaram pelo Brasil por causa das restrições impostas por países mais ricos, como EUA e Espanha.

A segunda, de 2015 a 2017, é também formada por venezuelanos de classe média, como engenheiros, técnicos e professores, mas alguns já chegando pela fronteira terrestre e buscando outras cidades brasileiras por conta própria.