Cresce o número de refugiados venezuelanos em Alagoas
Os dois primeiros venezuelanos chegaram ao Estado ainda em 2008
Largando suas vidas e os sonhos deixados na Venezuela, diversos imigrantes pedem acolhida no Brasil, e hoje estão espalhados em diversos estados, inclusive em Alagoas.
Segundo o Atlas Temático-Migrações Venezuelanas lançado nesta terça-feira (29) pela Unicamp em parceria com outras instituições mostra que houve um aumento dessas pessoas no Estado, que tentam aqui, reconstruir suas vidas.
Os dois primeiros venezuelanos chegaram a Alagoas ainda em 2008 e no ano passado esse número pulou para 28, somando no decorrer dos anos, 80 pessoas estão vivendo no Estado.
Desse grupo, um está trabalhando na área de ciências e artes; dois em trabalhos de nível técnico-médio e três trabalhando no comércio.
A pesquisa ainda ponta que 14 deles estão estudando regularmente em alguma instituição de ensino no Estado.
O estudo ainda aponta que de 2017 até 2019, o Estado recebeu sete pedidos de refúgio.
Durante a pandemia da Covid-19, as famílias estão sendo ajudadas pela Cáritas da Arquidiocese de Maceió.
Como ocorreu a imigração?
A pesquisa permitiu captar as três ondas migratórias de venezuelanos que chegaram ao Brasil nos últimos anos —fugindo, como mais de 5 milhões de conterrâneos, da forte crise econômica e humanitária em seu país, no maior êxodo da história recente da região.
A primeira corrente, de 2012 e 2014, é de imigrantes altamente qualificados que chegaram pelo aeroporto de Guarulhos e optaram pelo Brasil por causa das restrições impostas por países mais ricos, como EUA e Espanha.
A segunda, de 2015 a 2017, é também formada por venezuelanos de classe média, como engenheiros, técnicos e professores, mas alguns já chegando pela fronteira terrestre e buscando outras cidades brasileiras por conta própria.