Racismo: OAB e TJ querem lei que obrigue empresas a instruírem seguranças
Novo caso de racismo foi denunciado nessa quarta-feira
A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional (OAB/AL) se reuniu com o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) para tratar sobre os recentes casos de racismo no estado. A reunião ocorreu de forma virtual nessa quarta-feira (02).
Desde que houve uma denúncia de espancamento e racismo contra um cliente no supermercado GBarbosa do Tabuleiro dos Martins, a OAB-AL se comprometeu a planejar ações para que casos como esse não aconteçam mais. No entanto, acabou recebendo uma nova denúncia ontem.
"Tratamos com o TJ sobre a realização de uma audiência pública, a proposta de um projeto de lei para que empresas de segurança capacitem seus funcionários sobre práticas que configuram racismo e lgbtfobia e a realização de uma campanha de frente ampla para minimizar essas ocorrências”, contou a presidente da Comissão de Direitos Humanos, Anne Caroline Fidelis.
O presidente da OAB Alagoas, Nivaldo Barbosa Jr., afirmou que a Seccional de Alagoas também acompanha este novo caso.
"Montamos um grande planejamento para reforçar o combate a este tipo de crime, marcamos com o TJ para ampliar essa frente, mas quase simultaneamente ao importante diálogo, recebemos mais uma denúncia. Uma mãe de quatro filhos, sendo três brancos e um negro, denunciou o racismo sofrido pelo filho de apenas 15 anos. O filho negro foi retirado da loja. A mãe também denunciou que foi humilhada por um dos seguranças do estabelecimento”, disse.
O caso também seguirá com acompanhamento da Comissão de Promoção da Igualdade Social.