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Mais de mil pessoas com Covid-19 receberam alta no Hospital da Mulher

Mantida pela Sesau, unidade hospitalar tem sido referência para o tratamento de pacientes com suspeita ou confirmação da doença

Por Agência Alagoas 06/01/2021 18h06
Mais de mil pessoas com Covid-19 receberam alta no Hospital da Mulher
Pacientes recebem alta no Hospital da Mulher - Foto: Marcel Vital

Desde a mudança do seu perfil assistencial, no final de março de 2020, o Hospital da Mulher (HM), situado no bairro Poço, em Maceió, e mantido pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), já tratou, recuperou e deu alta hospitalar a 1.237 pacientes que tiveram Covid-19. Conforme o Setor de Estatística da unidade hospitalar, até o final da tarde desta quarta-feira (6), foram contabilizadas, ao todo, 774 altas hospitalares nos leitos da semi-intensiva, 147 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 316 na UTI Pediátrica.

Feliz por ter vencido a doença, o subtenente do 3º Batalhão da Polícia Militar (PM), Jaílson Correia Mota, de 52 anos, que esteve internado por cinco dias num dos leitos da semi-intensiva, relatou que três fatores foram decisivos para sair vivo do Hospital da Mulher. De acordo com ele, além da vontade de viver e o amor da família e dos amigos, a dedicação da equipe multidisciplinar do Hospital da Mulher foram essenciais no seu processo de recuperação.

“Quero agradecer ao nosso eterno e soberano Deus, por me conceder mais uma chance de viver, e, claro, a todos os profissionais deste hospital, que sempre estiveram presentes durante o meu tratamento”, agradeceu o subtenente. Na saída do Hospital da Mulher, ele foi recepcionado ao som de música, executada pelo cabo Washington Anselmo, saxofonista do Centro Musical da PM, sob aplausos efusivos de servidores da unidade hospitalar e de seus colegas de farda.

Outro exemplo de superação é o casal Antônio Pedro de Oliveira, de 68 anos, e Josefa Maria de Oliveira, conhecida como “Zeza”, de 64 anos. Juntos há 50 anos, Josefa passou 18 dias internada, sendo 12 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e seis dias na semi-intensiva, enquanto Antônio teve de ficar oito dias internado num dos leitos clínicos.

“A gente tá saindo hoje daqui pra viver junto de novo, criar os nossos filhos, netos e bisnetos. Os profissionais que trabalham aqui são verdadeiros anjos. A gente está voltando pra casa com a saúde revigorada”, disse o marido de “Zeza”, ao sair do elevador, segurando a plaquinha “Eu venci a Covid”.

Já Josefa se emocionou e agradeceu por todo o cuidado e carinho que teve durante sua estada no HM. Assim como o marido, ela elogiou a assistência da equipe multidisciplinar e a limpeza do local. “Entre tantos hospitais, a gente teve que ser atendido aqui. Nada é por acaso. Deus sabe o que faz. Cada profissional que entrava na enfermaria tratava a gente como se fosse alguém da família”, salientou.

Com a gratidão estampada em seu rosto, Zeza elogiou o pessoal da limpeza, afirmando que eles estão “de parabéns porque deixavam tudo organizado, limpo e cheiroso”. Com lágrimas no rosto, a dona de casa afirmou não haver nada que pague o tratamento recebido. “Deixa isso tudo passar pra gente fazer um almoço lá em casa como forma de agradecimento a cada um que cuidou tão bem da nossa saúde”, prometeu.

Dedicação profissional – Para a infectologista e gerente médica do HM, Sarah Dominique Dellabianca Araújo Holanda, a marca de mais de 1.200 altas de pacientes que tiveram Covid-19, comprova o envolvimento e a competência de todos os profissionais que tem se empenhado, dia e noite, para salvar vidas e superar os desafios desta pandemia.

“Esse número mostra a sensação do dever em cumprimento, pois a pandemia ainda não acabou. O nosso trabalho volta a ser de maneira intensiva depois de um período de tranquilidade nas hospitalizações. A meu ver, 1.237 altas hospitalares significam que estamos desempenhando um trabalho bom, justo e digno à sociedade alagoana, que é o que propomos a fazer diariamente”, ressaltou.

A gerente médica do HM salientou, também, a importância do trabalho humanizado, realizado pela equipe multidisciplinar da unidade hospitalar. “Hoje, como temos um trabalho ainda mais humanizado, vemos que a recuperação do paciente, sobretudo nos leitos da semi-intensiva, dá-se de maneira mais leve, do ponto de vista emocional, já que eles têm acesso às famílias, seja por meio das visitas virtuais ou guiadas, ferramentas que não dispúnhamos. O Hospital da Mulher segue contribuindo para o combate à pandemia, usando toda sua expertise e oferecendo aos pacientes uma assistência em saúde de qualidade no SUS [Sistema Único de Saúde]”, garantiu.