Novo presidente da Câmara de Maceió fala sobre futuro da Casa e critica ex-prefeito
Galba Netto também comentou sobre redução na tarifa de ônibus e cenário eleitoral para 2022
O presidente da Câmara Municipal de Maceió, Galba Netto (MDB), falou, em entrevista exclusiva ao Portal 7Segundos, da necessidade em equilibrar as contas do parlamento devido ao aumento de custos provocado com o acréscimo de quatro vereadores e uma receita igual à do ano passado. Também culpou a gestão do ex-prefeito Rui Palmeira por ter deixado dividas que comprometem a nova gestão, comentou a discussão em torno da redução nas tarifas de ônibus, e fez uma análise do cenário político para as eleições de 2022.
“Administrar o aumento do número de vereadores, um custo maior. Ao que tudo indica, receita menor ou, no máximo, uma receita igual a do ano passado. Teremos de fazer malabarismo para poder equilibrar as situações”, revelou o presidente da Mesa Diretora do Poder Legislativo municipal.
Galba Netto destacou, porém, que dará transparência a todos os atos da Casa de Leis, e garantiu que sua gestão será participativa. “Não vamos tomar decisões sozinhos, vamos entrar em entendimento com os demais integrantes da Casa, garantindo a boa convivência e o fortalecimento do Poder e das discussões no parlamento. Esse amadurecimento se faz necessário nessa discussão também administrativa”, pontuou.
REDUÇÃO NA TARIFA DE ÔNIBUS
O vereador-presidente entende que a redução do valor cobrado na passagem de ônibus de Maceió, feita através de Decreto da Prefeitura, foi assertiva e baseada em estudos técnicos. Ele enfatizou a necessidade de manter a discussão em torno do assunto, mas colocou o benefício proporcionado à população como um antigo pleito dos usuários do serviço de transporte público que foi atendido.
“Entendo que as ações não foram tomadas de forma sodada e irresponsável. Ela foi pensada, estudada, discutida. As informações que eu tenho são, inclusive, fazendo uma avaliação que as empresas tinham, sobre algumas contrapartidas que elas deveriam cumprir, e sobre um preço justo respeitando todas as questões de aumento de custo e despesas das empresas. Dentro desse amadurecimento se chegou a esse valor”, destacou.
Galba Netto foi além e disse que não se faz necessário fazer embate político em torno do tema, e diz acreditar que o tema não evolua para uma divergência entre os Poderes Executivos do Estado e do Município. “Lógico que dentro dessa situação pode ter tido alguma insatisfação. Não entendo que isso vá ser uma situação que vá evoluir para um desentendimento ou uma divergência entre os poderes executivo estadual e municipal. Em gestões passadas eu defendi que essa discussão fosse trazida para Câmara. Então, vamos tentar trazer essa discussão e volta para que a Câmara possa dar sua contribuição nessa discussão”, acrescentou.
ROMBO DEIXADO PELA GESTÃO PASSADA
O presidente da Casa de Mário Guimarães acusou o ex-prefeito Rui Palmeira (sem partido) de ter deixado um rombo que irá comprometer os avanços programados pela nova gestão, em Maceió.
“Infelizmente, a falta de gestão passada deixou um rombo muito grande. Isso está sendo amplamente divulgado. Os dados chegam a todo momento e essas dívidas só aumentam de valores. Principalmente no final, a gestão deixou muito a desejar. A gente sentia abandono e inércia. Mas temos que aprender a olhar para frente, a avançar”, criticou.
Galba Netto destacou que, apesar do problema financeiro deixado por Rui Palmeira, o prefeito JHC (PSB) está apresentando grandes resultados, mesmo com pouco tempo a frente da administração municipal. “Em poucos dias, o prefeito JHC fez intervenções cruciais que já estão mudando para melhor a vida da população. Em três semanas de gestão, a gente vê vontade e ações, coisas que a gente não estava tendo na antiga gestão”.
CENÁRIO POLÍTICO PARA 2022
O presidente da Câmara de Maceió foi questionado sobre qual o possível cenário que se desenha para as eleições de 2022, mas disse acreditar que o momento agora é de juntar todas as forças em busca de minimizar ou solucionar problemas sérios como a pandemia e o afundamento do solo em vários bairros da Capital.
“Acho que temos que ter paciência e não trazer a disputa para esse momento, até para que não atrapalhe possíveis alianças e resultados positivos que é o que a população espera. A população está cansada desse cenário de revanchismo. O que a gente tem que procurar é unir, convergir. A gente já tem problema demais. É importante que a gente esqueça as disputas e aprenda a nos unir, porque temos uma população muito carente que depende da união dos poderes. No momento necessário vamos levantar esses nomes. Mas agora a gora é de ajudar a população”, concluiu.