Criança agredida pode ficar em estado vegetativo permanente
Mãe e madrasta têm prisão preventiva decretada
Nesta quarta-feira (21), a Justiça decretou a prisão preventiva das duas mulheres acusadas de agredir e torturar uma menina, de seis anos, em Porto Real, no Rio de Janeiro.
Em sua decisão, o juiz Marco Aurélio da Silva Adania frisou a gravidade das lesões sofridas pela vítima, que é filha e enteada das acusadas. “A criança vinha sendo privada de alimentação há meses e, por conta das agressões sofridas, encontra-se internada em estado grave, apresentando hemorragia intracraniana inoperável e sério risco de vir a óbito ou permanecer em estado vegetativo”, disse.
Marco Aurélio também pontuou detalhes da violência contra a menina na casa da família. A mãe da madrasta da jovem afirmou que as agressões começaram no fim da noite da última sexta-feira (16) e continuaram por pelo menos 48 horas. O magistrado revelou em sua decisão que foram “socos e chutes por diversas vezes”, além de a vítima ter sido “arremessada contra a parede e contra um barranco de 7 metros de altura, e de ser chicoteada com um cabo de TV”, sendo submetida a “intenso sofrimento físico e psicológico”.
No fim de seu veredito, o juiz destacou o histórico de violência por parte da madrasta, que tem uma passagem na polícia por agredir fisicamente a própria mãe. “A prisão das flagranteadas merece ser mantida para a conveniência da instrução criminal, diante do fato de que as testemunhas/vítimas, por certo, sentir-se-ão amedrontadas em prestar depoimento estando estas em liberdade”, explicou Marco.
Entenda o caso
Na última segunda-feira (19), a criança deu entrada em estado grave, com sinais de espancamento, no Hospital municipal São Francisco de Assis, em Porto Real. A jovem foi socorrida pela mãe da madrasta.
Em uma conversa com o Extra, a mulher responsável por acionar o resgate contou que as agressões começaram na sexta-feira e só terminaram no último domingo (18). Quando ela encontrou a menina “muito molinha”, e sem se mexer, a mulher superou o medo da própria filha e acionou ajuda.
“Pensei que ela tivesse morrido, fiquei assustada. Ela estava com o olho meio aberto, parada, não respondia nada. Aí, insisti para chamar o socorro, mas minha filha disse que me mataria se eu falasse a verdade sobre o que aconteceu”, disse. “Eu só espero que ela fique presa e pague pelo que fez”, acrescentou.
Na 100ª DP, a madrasta da vítima foi presa em flagrante pelo crime de tortura. A mãe da criança, que omitiu e participou das agressões, também vai responder pelo mesmo crime.
Veja também
Últimas notícias
Bell Marques interrompe show em Palmeira dos Índios para comprar produtos de ambulante idosa
Governo de Alagoas entrega 2ª Creche Cria e Sala Google em Batalha nesta segunda
Guarda municipal de Delmiro Gouveia morre em acidente grave na BR-104
Tutoras pedem ajuda para encontrar cachorro desaparecido em Maribondo
Chefe do Comando Vermelho em Marechal Deodoro é capturado em Santa Catarina
Homem é assassinado a tiros dentro do próprio apartamento em Rio Largo; vizinho é suspeito
Vídeos e noticias mais lidas
Prefeito de Major Izidoro é acusado de entrar em fazenda e matar gado de primo do governador
Promotorias querem revogação da nomeação de cunhada do prefeito de União
Policial Militar é preso após invadir motel e executar enfermeiro em Arapiraca
Alagoas registrou aumento no número de homicídios, aponta Governo Federal
