Justiça

Justiça determina expulsão de militares acusados de torturar e matar jovem

João Vitor da Silva foi morto em 2019 após uma abordagem policial

Por 7Segundos 11/06/2021 12h12
Justiça determina expulsão de militares acusados de torturar e matar jovem
Sede do Tribunal de Justiça de Alagoas, no Centro de Maceió - Foto: Assessoria

A Justiça de Alagoas determinou a expulsão de três policiais da Polícia Militar de Alagoas (PM/AL), acusados da prática de tortura seguida de morte. O crime ocorreu em 2019 e vitimou o jovem João Vitor da Silva.

Em março, o Ministério Público do Estado (MPE) ajuizou uma ação de improbidade administrativa para requerer a condenação a de Adilton Silva da Paz, Leonardo Wagnner Gomes de Souza e Jonas Silva Tenório, do Batalhão de Policiamento do Trânsito (BPTran).

Na época, a promotora de Justiça, Karla Padilha, pediu a perda das funções pública e política, além do pagamento de multa civil e de danos morais coletivos. A ação de Karla Padilha foi para que se esbarre no abuso de agentes do Estado que se utilizam da autoridade para promover os mais repudiantes atos de desumanidade.

O caso


Em abril de 2019, o jovem João Vitor da Silva foi abordado no bairro do Prado. A guarnição teria informado aos familiares que ele foi levado para Central Flagrantes.

No entanto, o corpo do rapaz foi encontrado desovado em terreno por trás da Braskem.

Para a Promotoria, tratou-se de uma tentativa clara de ocultação de cadáver. E, pelos dados do GPS, do radiocomunicador HT, instalado na viatura, reforça Karla Padilha, percebe-se que os lugares percorridos culminam no local onde o cadáver foi localizado, tornando contraditórios os depoimentos dos réus.

O que teria motivado a abordagem foi a guarnição identificar o uso de uma tornozeleira eletrônica pela vítima. Durante os procedimentos, ao vasculhar o aparelho celular de João Vitor e de um amigo, o que a promotora de Justiça considera afronta ao princípio da legalidade, e se deparando com a imagem de uma arma de fogo passaram a pressionar João Vitor exigindo que informasse onde se encontrava o artilhamento.