JHC institucionaliza o Agosto Lilás na capital
Com a medida, o Município irá assegurar políticas públicas de enfrentamento da violência contra a mulher

O prefeito de Maceió, JHC, assinou nesta segunda-feira (16), decreto que institucionaliza o Agosto Lilás em Maceió. Com este decreto o Município irá assegurar políticas públicas de enfrentamento à violência contra a mulher e durante todo o ano a pauta será tratada pelo Gabinete de Políticas Públicas para Mulheres. O decreto foi assinado durante solenidade de abertura da campanha, na Casa da Mulher Alagoana, na Praça Sinimbu e contou com a presença da primeira-dama, Marina Candia.
“É uma satisfação enorme colocar no calendário o Agosto Lilás, de maneira tão especial, com tantos feitos e tantas entregas, como a Casa da Mulher Alagoana. Maceió está dando o pontapé, trazendo equipe multidisciplinar para dar condições a esse trabalho que é apenas o início de todas as outras verticais que vamos tratar. Nós capacitamos a nossa Guarda Municipal e vamos garantir a transversalidade das políticas públicas. Estamos aqui para proteger e acolher”, disse o prefeito.
O vice-prefeito, Ronaldo Lessa, destacou a importância da Casa da Mulher. “Aqui é uma Casa de proteção, porque nem sempre a mulher tem coragem de fazer a denúncia com medo de a violência aumentar. Então, todo esse aparato melhorou muito e hoje há um complexo para atender melhor. Hoje com a política de organizações temos que criar mecanismos que envolvam a sociedade e que ela sinta confiança”, pontuou o vice-prefeito, Ronaldo Lessa.
Equipe multidisciplinar
Durante o evento, uma equipe multidisciplinar, composta por assistente social e psicóloga, foi entregue para a Casa da Mulher Alagoana em parceria com a Secretaria de Assistência Social. O grupo vai fortalecer o equipamento de acolhimento de mulheres. De acordo com a coordenadora do Gabinete da Mulher, Ana Paula Mendes, o Município investirá em políticas públicas que acolham e transformem a vida das mulheres.
“Hoje é a abertura do Agosto Lilás e será um mês extenso de programações voltadas a informações e a promoção de políticas públicas no enfrentamento da violência contra a mulher. Aqui na Casa da Mulher, as vítimas estão sendo atendidas de forma humanizada, encontrando em um só lugar todo o suporte e todos os serviços que precisam para se sentirem acolhidas”, destacou a coordenadora.
O desembargador Tutmés Airan, agradeceu as equipes pelo trabalho realizado e se mostrou preocupado com o que ocorre após a denúncia. “Nós aprimoramos a rede de denúncia, hoje tem a Casa da Mulher e acho que ela está encorajada a fazer a denúncia. Mas nós precisamos cuidar do pós-denúncia, que é o nosso problema. Aqui é um atendimento absolutamente inicial porque ela não vai viver eternamente aqui. É preciso que ela tenha uma perspectiva, para não voltar para onde vivia. Ingressamos com a equipe, com uma ideia inicial e imaginamos a criação do Bolsa Mulher, por um determinado período”, disse.
Atendimento acolhedor
O Fórum Brasileiro de Segurança Pública aponta que Alagoas está em primeiro lugar em feminicídio do Nordeste, e em quinto lugar no Brasil. Maceió registrou mil boletins de ocorrência de violência doméstica, entre março e agosto de 2021.
Por isso, a Casa da Mulher Alagoana possui todos os equipamentos necessários para oferecer acolhimento e segurança às vítimas. O espaço conta com a Patrulha Maria da Penha, Casa Abrigo, onde a vítima pode ficar até 48 horas após a violência e espaço também para os filhos, e não é necessário de nenhum encaminhamento para se dirigir ao local.
A coordenadora da Casa, Erika Lima afirmou que o espaço está preparado para receber as vítimas de violência e que precisem de atendimento humanizado e acolhedor.
“A Casa da Mulher está preparada para receber essas vítimas de maneira acolhedora. Aqui ela não vai ser julgada e temos uma equipe preparada para esclarecer quando ela está sendo vítima de violência. Porque muitas vezes, a violência pode ser psicológica, e aqui ela terá todas as ferramentas para sair desse ciclo.
Qualificação
Durante a solenidade, foram entregues os certificados do primeiro curso de atendimento humanizado a vítimas de violência doméstica multidisciplinar. O curso foi realizado pelo Gabinete de Políticas Públicas para Mulheres e participaram da formação, 50 coordenadores dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), além da Casa de Abrigo, CadÚnico, Coordenação dos Direitos Humanos e Proteção Especial.
Com o curso, os profissionais estarão aptos para atender de forma humanizada às mulheres vítimas de violência, para que essas mulheres não sofram violência institucional, como preconiza o Gabinete de Políticas Públicas para Mulheres.
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