'Lambe assim': lições da pole dancer que guia cenas de Verdades Secretas 2
Grazzy Brugner é professora de danças sensuais

Se a novela "Verdades Secretas 2" fosse uma transa marcada com aquele @, poderíamos considerar que os envolvidos já estariam, neste momento, nas preliminares. Com estreia prevista para esta quarta-feira (20), a trama que traz Camila Queiroz como a protagonista Angel promete ainda mais cenas picantes do que a primeira parte da atração, que foi ao ar em 2015, no Globoplay. Como ali tudo é coreografado, a atriz e outras participantes do elenco contam com uma ajudinha para deixar o sexo —e o que vem antes dele— ainda mais bonito e excitante: quem está à frente dessa tarefa nos bastidores é a professora de pole dance, empresária e coach de danças sensuais Grazzy Brugner.
Criadora de um método de ensino de pole dance em academias, com unidades em Curitiba e em São Paulo, e formadora de instrutores de pole, Grazzy tem 42 anos e é formada em Educação Física. Na adolescência, teve um encontro com sua sensualidade às escondidas, como acontece com muitas mulheres, criadas sob o tabu em relação ao próprio corpo: dançava em frente ao espelho, só para si. Foi dando aulas de pole dance como atividade física, em 2007, que foi instigada pelas alunas a aliar o jeito sensual à prática. A Universa, Grazzy conta que o que o público verá nas histórias de "Verdades Secretas 2" pode ser inspirador para também despertar o erotismo em casa. A começar pela personagem de Camila Queiroz.
"A Angel vem mais forte, sexy e erótica. Com uma pegada poderosa, onde tudo é mais coreografado, tem mais mão, mais cabelo, mais tapa na bunda."
'Lambe o rosto dele assim, pega no rosto dele assim'
Em "Verdades Secretas 2", Grazzy trabalha com Camila Queiroz, Agatha Moreira e Julia Byrro, que fará sua estreia como atriz na produção. A primeira dica da especialista para as atrizes foi treinar alongamento. "A sensualidade pode estar ligada a quanto a pessoa é flexível, porque aí é possível desenhar um movimento do corpo com audácia, alongar a perna, subir no joelho para deixar o bumbum mais empinado". Em entrevistas, Agatha contou que já estava acabando seu repertório de movimentos para as cenas de sexo. Grazzy ajustou nesse desfalque —que, inclusive, pode acontecer na vida real de alguns casais. "No set, eu vou guiando junto com a diretora, Amora Mautner. Ela fala o que quer, estudamos o cenário, então vou dizendo: 'Lambe o rosto dele assim, pega no rosto dele assim'".
Dá para repetir em casa? "Sim, porque é uma questão do erotismo, de entender que o gostoso é provocar, para aumentar o nível de tesão. Dá para ver as cenas e se inspirar, mas eu também tenho cursos on-line e presenciais em que dou aula de dança sensual no chuveiro, no sofá, na mesa...", brinca a professora, aproveitando para divulgar o trabalho. Criadora do primeiro estúdio de pole dance do Brasil, Grazzy se define como uma "professora que eleva a autoestima das mulheres" ao ensiná-las artes sensuais como a própria modalidade, além de chair dance (dança na cadeira), lap dance (dança no colo), strip tease (a dança em que a pessoa se despe lentamente) e plastic dance (dança sen (dança sensual que prioriza posturas e movimentos mais plásticos).
Para chegar a esse rol de atividades, Grazzy conta que precisou dissipar as próprias amarras ligadas à autoestima sexual. "Me apaixonei pelo pole dance em 2007, quando assisti um vídeo no YouTube sobre a prática. Dava aulas falando para as mulheres sobre fortalecer os membros inferiores, coisa de academia. Foi quando elas me viram dançando e disseram que eu era sexy. Em menos de seis meses, minha chavinha mudou, porque elas também me pediam para ensinar coreografias para fazerem para os maridos.".
'Ser sexy é questão de prática'
Nas aulas, frequentadas majoritariamente por mulheres, Grazzy trabalha para guiar o encontro das alunas com a "energia feminina" que existe em cada uma. O processo é lento, mas o resultado, diz, é uma questão de treino. "Elas se sentem autoconfiantes em fazer os movimentos. E digo que precisam ligar a chavinha do f*da-se para se permitir. É daí que vem a autoestima." Em uma sessão de dança sensual, uma pessoa mais travada pode se sentir ainda tímida. "Mas eu vou cutucar, ela vai se sentir mexida. Ser sexy é uma questão de prática." Não há limites corporais para quem quer embarcar na descoberta do próprio erotismo. "No pole dance, temos adolescentes a partir de 16 anos até mulheres de 60. Também já dei aula para pessoas com deficiência física, cegas e com diferentes pesos. O que interfere no processo é a mente."
Falo para as alunas que quem estará na frente delas enquanto dançam tem que se sentir o ganhador da Megasena da virada. Mas, elas dançam porque querem, para se sentirem poderosas e não para agradar o parceiro ou parceira. Na intenção de se soltar, não é só o corpo que tem o poder de despertar o parceiro ou parceira sexualmente: o olhar e a voz (oi, @, saudades), o uso de brinquedos eróticos e a liberdade para brincar e sensualizar também são instrumentos importantes. Mas, apesar disso, a professora explica que flexibilidade pode ser um trunfo para elevar a autoestima sexual feminina. "Ao ficar mais forte e flexível, a mulher libera energias que nem sabe que tem. É uma ferramenta para se enxergar de maneira diferente."
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