Empreendedorismo negro é destaque no ‘Vamos Subir a Serra’
Mais de 50 expositores estão participando do evento e destacam a importância da visibilidade do “Vamos Subir a Serra”

O empreendedorismo negro é um dos protagonistas da 5ª edição do “Vamos Subir a Serra”, projeto que conta com a participação da Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC). Mais de 50 expositores estão comercializando e divulgando seus trabalhos no evento, que é começou nessa sexta-feira (12) e irá até a segunda-feira (15).
A estética, o artesanato, o vestuário, a decoração, os acessórios, os instrumentos musicais e a gastronomia da cultura afro estão por toda Praça Multieventos, na Pajuçara, movimentando o mercado de empreendedorismo afro alagoano, que tem uma média de circulação financeira de R$ 1,5 milhão em suas feiras.

Cecília Marques de Carvalho Santos, artesã que trabalha com macramê, falou sobre a importância da ação. “O evento ‘Vamos Subir a Serra’ é fundamental para os empreendedores negros, que têm um espaço aberto a um público misto, no qual fazem parte não só as pessoas do movimento negro, mas também turistas e moradores que vem nos visitar para nos conhecerem e saber o que estamos produzindo”, destaca Cecília.
Para ela, como artesã, o evento também serve para conhecer o público e estreitar ainda mais a relação tanto com eles e com os colegas artesãos. “Espero que as pessoas continuem vindo para o evento para prestigiar, não precisa nem necessariamente comprar, mas para conhecer, divulgar e nos incentivar a continuar fazendo nosso trabalho. É um incentivo a mais que temos para continuar empreendendo, cantando, dançando e promovendo a cultura afro”, completa a artesã.
Alcione Peixoto, que cria esculturas com raízes de plantas, relata a grande oportunidade que teve de divulgar seu trabalho para pessoas de todo o Brasil. “Eu já trabalhava com reciclagem antes, e um dia, nas minhas caminhadas, vi algumas raízes e resolvi dar vida à elas. Aqui neste evento eu encontrei uma oportunidade imensa de mostrar a minha arte não só para as pessoas da terra, mas também para as pessoas que moram em outros estados e que viram, compraram e se encantaram pelo meu trabalho. Essa é minha primeira exposição e minha arte já está repercutindo até na Europa, com muita gente já me parabenizando pelas redes sociais”, conta a artesã, que está pela primeira vez participando do “Vamos Subir a Serra”.

Stephanie Domingo, que atua na produção de cachaça, descreve também a importância histórica dos produtos comercializados no evento. “Nós somos uma marca nova no mercado e para a gente estar aqui hoje é de uma representatividade muito grande, até porque a ideia na nossa cachaça é resgatar ela como símbolo de resistência, porque a gente sabe que lá atrás, na época do Brasil Colonial, os negros escravizados eram aqueles que estavam lá, presos, produzindo. E hoje ver que estou aqui, à frente de uma marca de cachaça, é muito simbólico”.
Neste domingo (14), o evento continua a partir das 15h, na Praça Multieventos, com algumas atrações culturais levadas através do edital da FMAC “Saurê Palmares”, como a Banda Ogbon, as Baianas Ganga Zumba, Roda de Todos os Sambas: Nara Cordeiro, além de apresentações especiais de Wellington Pinheiro (chorinho) e Samba de Nego.
O evento “Vamos Subir a Serra” é realizado pelo Anajô, entidade do movimento negro de Alagoas vinculada aos Agentes de Pastoral Negros do Brasil (APNs). Em União dos Palmares, o projeto acontece entre os dias 17 e 19 de novembro na Serra da Barriga.
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