Número de casamentos gays crece 77% em Alagoas, após 10 anos de decisão do Supremo
Casais formados por mulheres são os que mais casam no Estado
Há 10 anos, em 2011, um julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu a favor da união estável de casais homoafetivos. Em 2013, o Conselho Nacional de Justiça publicou uma resolução que ampliou a decisão para todo o país e exigiu que os cartórios realizassem os casamentos. O IBGE e a Associação dos Registradores de Pessoais Naturais (Arpen) traz anualmente um levantamento que aponta um aumento de 77% das uniões em Alagoas nos últimos anos.
No Estado, ainda em 2013, dois anos após a decisão do Judiciário, foram registradas 17 uniões, pulando para 48, em 2015. Com medo da mudança de políticas públicas e judiciais, como a perda de direitos, com a vitória nas eleições presidenciais de Jair Bolsonaro, o número soltou para 95, em 2018. Confira a abaixo a tabela que mostra os dados dos últimos anos.
Os números mostram que as mulheres casam mais. Em 2018 foram 29 casamentos entre homens e 56 entre mulheres. Um ano depois, foram 25 do primeiro grupo e 53 do segundo. E em 2020, 48 casais formados por mulheres subiram ao altar, contra 28 entre homens.
Mesmo com a pandemia – a segunda onda atingiu o país com força no primeiro trimestre –, o número de casamentos homoafetivos deve bater recorde em 2021. Todos os meses com mais casamentos foram no segundo semestre. Havia uma melhora na pandemia e a taxa de vacinados estava mais alta.
Em números absolutos, São Paulo é o estado que reúne o maior número de casamentos no país. Somente de 1º janeiro até 31 de outubro deste ano foram 2.788 casamentos homoafetivos em SP.