Caso Rhaniel: Alfredo Gaspar lamenta desfecho e comenta sobre as investigações
As investigações haviam sido concluídas desde julho deste ano, mas o resultado foi divulgado somente nesta última semana

O secretário da Segurança Pública de Alagoas, Alfredo Gaspar, participou do programa Na Mira da Notícia para comentar sobre o desfecho do caso Rhaniel. De acordo com a Polícia Civil de Alagoas (PCAL), a mãe da criança, o padrasto e o cunhado foram os autores do crime.
Gaspar lamenta o desfecho do caso e relembra que, em maio deste ano, ele havia sido chamado, pela própria mãe de Rhaniel, para ir ao bairro Clima Bom, localizado na capital alagoana, para colaborar nas buscas pela criança. A acusada ainda chegou a solicitar que o secretário a acompanhasse até Pernambuco, local onde o pai da vítima morava, em uma tentativa falha de incriminá-lo: "no retorno eu recebi uma ligação e foi um dos momentos mais difíceis da minha vida profissional; transmitir para uma mãe que seu filho foi encontrado morto nas proximidades da casa".
A partir do momento em que o corpo de Rhaniel foi encontrado a investigação foi intensificada para encontrar o culpado. Com o apoio da Perícia Oficial do Estado de Alagoas e das Polícias Civil e Militar, Alfredo Gaspar afirma ter "passado um mês interrupto indo diariamente ao Clima Bom para buscar imagens, ouvir pessoas, colaborar nas investigações. Logo depois os fatos começaram a serem esclarecidos".
O crime foi solucionado no mês de julho deste ano, mas levou cinco meses para que o Poder Judiciário fornecesse uma resposta. O secretário descreve a situação como um "problema de competência".
"Todo mundo tratou com muita responsabilidade esse caso, tanto que nem divulgamos o resultado em julho porque, como os mandados de prisão não tinham saído, a gente não quis deixar eles à própria sorte do justiçamento da comunidade", justificou.
O radialista Angelo Farias questionou se Alfredo Gaspar havia notado algum comportamento suspeito por parte da mãe neste período em que eles estiveram em contato para a resolução do caso e ele disse que "ela alterava muito seu estado de ânimo". Ele ainda acrescentou que sua equipe tinha solicitado ter uma conversa mais objetiva com ela, mas ele preferiu não correr o risco: "um erro seria pior do que a dúvida".
O corpo de Rhaniel foi encontrado com um preservativo ao lado e apresentando indícios de um suposto abuso. O laudo apresentado confirmou que houve violência, mas não necessariamente de cunho sexual. "Não se sabe se foi violência por um instrumento que não seja humano ou algo mecânico. Agora, no preservativo não havia nenhum traço genético dessas pessoas [os acusados]; o que se encontrou foram traços genéticos dos indiciados na cueca da vítima. Há uma possibilidade de ter sido forjado esse trauma sexual, mas não temos como responder sem uma confissão dos envolvidos", pontuou.
Gaspar ainda criticou a legislação brasileira: "se você me perguntar "essas pessoas podem serem soltas?": elas vão serem soltas, eu só não sei quando".
A entrevista é finalizada com o secretário da Segurança Pública de Alagoas destacando uma mensagem à comunidade: "os responsáveis estão presos, o restante da família não tem nenhuma responsabilidade, portanto não devem e nem podem serem injustamente responsabilizados ou vítimas de ameaças".
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