Justiça

Julgamento de PM acusado de matar irmãos deficientes acontece nesta quinta-feira (25)

Policial também é acusado de matar um pedreiro que testemunhou o crime e de implantar provas na cena do crime

Por 7Segundos com Ascom MP-AL 25/11/2021 07h07
Julgamento de PM acusado de matar irmãos deficientes acontece nesta quinta-feira (25)
Acusado e irmãos mortos no Village Campestre - Foto: Montagem

Nesta quinta-feira (25) acontece o julgamento do policial militar, Johnerson Simões Marcelino, acusado de matar os irmãos Josivaldo Ferreira Aleixo e Josenildo Ferreira Aleixo, e o pedreiro Reinaldo da Silva Ferreira, e de tentar implantar provas na cena do crime contra as vítimas. O crime ocorreu no dia 25 de março de 2016.

A promotora da 42ª Promotoria de Justiça da capital, Adilza Inácio de Freitas, que estará no papel da acusação, fez algumas ponderações sobre o caso.

“O Ministério Público pedirá a condenação do acusado por crime de homicídio triplamente qualificado, por incidir no caso concreto as circunstâncias qualificadoras do motivo fútil, uso de emprego de meio que resultou perigo comum e uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas. E ainda devendo ser condenado por fraude processual”.

O MPAL também pedirá a condenação do PM por homicídio culposo contra a vítima Reinaldo.

O caso

Dois irmãos, ambos portadores de deficiência intelectual, foram abordados pelo PM, atendendo a ordem para serem revistados. No momento da abordagem, o agente os agrediu violentamente e os executou no local. Por erro no assassinato, o acusado também matou uma outra pessoa, o pedreiro Reinaldo.

Johnerson ainda implantou no local do crime uma arma de fogo e munições como se pertencessem aos irmãos; mas testemunhas que presenciaram o crime disseram que eles estavam desarmados.

Após assassiná-los, o PM os colocou na mala da viatura e, depois de trafegar alguns metros com as vítimas inocentes dentro do carro, ele retornou ao local para recolher as cápsulas dos projéteis deflagrados.

"O que era mais importante para o acusado naquele momento: salvar as vítimas ou recolher as cápsulas?”, indagou a promotora Adilza.