Com 93 pontos, consumo das famílias em Maceió marca o segundo melhor resultado do ano
De agosto a novembro, o indicador teve um crescimento de 4,1%
Com uma variação mensal de menos de 1 ponto, saindo dos 92,2 registrados em outubro para 93 em novembro, o Índice de Consumo das Famílias (ICF) manteve-se estável na capital alagoana, conforme indica a pesquisa do Instituto Fecomércio AL, realizada em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Este é o segundo melhor resultado de 2021, perdendo somente para fevereiro.
A composição do indicador considera fatores como a satisfação com o emprego, com a renda e com a capacidades de consumo. Apesar de ter evoluído pouco entre outubro e novembro, o índice teve um crescimento de 4,1% desde agosto passado, mas ainda permanece abaixo de 100 pontos, o que, segundo o assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), Victor Hortencio, caracteriza pessimismo. “É um movimento que se reproduz desde o início da pandemia. As incertezas econômicas e as altas sucessivas nos preços tornam as famílias mais cautelosas nas compras”, avalia.
Mesmo considerando que o segundo melhor resultado do ano ainda está abaixo de uma margem mais otimista (acima de 100 pontos), o incremento de 0,86% na variação mensal coloca o indicador em patamar similar ao visto em novembro de 2020 e o crescimento por quatro meses seguidos indica uma pequena tendência de recuperação.
Queda
Analisando a mesma perspectiva, mês a mês, somente três subíndices tiveram queda em seus resultados: emprego atual, perspectiva profissional e acesso ao crédito. “Os dois primeiros estão estreitamente relacionados ao desemprego e não podemos nos esquecer que, com um percentual de 17,1%, Alagoas possui a quarta maior taxa de desocupação do Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Fator que, sem dúvida, afeta a percepção tanto de emprego atual como o da estabilidade futura do emprego como um todo”, aponta o economista.
Já o acesso ao crédito foi possivelmente afetado pela alta recente dos juros, que saiu de 6,25% ao ano (a.a.) para 7,75% a.a. e com tendência de mais altas ainda em 2021, de acordo com o Boletim Focus, do Banco Central do Brasil (BCB). “Como a Selic é a taxa referencial para o estabelecimento dos contratos de crédito, o aumento dos juros desestimulou o crescimento de novas contratações de crédito, freando o endividamento”, analisa Victor. E este cenário reforça os dados da última Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), que apontou redução no volume de consumidores que afirmaram ter como fonte de dívidas a contratação de empréstimo pessoal. Some-se a isso o fato do BCB ter sinalizado que as concessões de crédito a pessoas físicas caíram 2%, entre agosto e setembro, em todo o país; primeira queda mensal desde janeiro deste ano.
No quadrante de consumo em si, houve alta mensal de 12,9%, o que reforça a tese de que os últimos meses de 2021 deverão ter um incremento de consumo impulsionado pela renda extra, como o 13º salário e as férias; pelas festividades de final de ano; e pela alta temporada do turismo em Maceió.
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