'Homem-Aranha: sem volta para casa' conserta erros de outros filmes da Marvel
Jornalista do 7Segundos acompanhou a pré-estreia nesta quarta-feira (15)
Antes de começar a ler, não se preocupe: este texto não tem spoiler!
Um cinema lotado e pessoas com os olhos grudados na telona, prestando atenção em cada detalhe. Foi assim a pré-estreia de Homem-Aranha: sem volta para casa na sala de cinema que acompanhei em Maceió na noite desta quarta-feira (15). Explicação simples para isso e até ousada: o longa do "amigo da vizinhança" consertou erros narrativos dos demais filmes da Marvel, inclusive dos dois últimos Vingadores.
Os roteiristas Chris McKenna e Erik Sommers trazem uma narrativa que cresce nos primeiros 15 minutos do filme e se mantém equilibrada até o seu fim. Diferente de outros filmes da Marvel, nesse, as piadas funcionam por estarem nos momentos certos, os clichês fazem sentido, e até os diálogos amorosos entre Peter e M.J. ganham um suspiro dos espectadores. Bem diferente do que aconteceu em momentos de Thor-Ragnarok, Vingadores: Ultimato e até nos Guardiões da Galáxia.
"Homem-Aranha: sem volta para casa" é uma grande celebração do herói, que se popularizou nos anos 1990 na série animada nas manhãs da Globo, por trazer o que chamamos de "cartunesco". Elementos dos quadrinhos que são facilmente reconhecidos quando passados para as telonas. Atrevo-me a declarar que se muitos dizem que o Batman carrega a DC nas costas, Peter Parker definitivamente chega ao topo da Marvel na mesma função.
Preciso falar de Tom Holland. Agora entendo porque o jovem de 25 anos saiu chorando de uma das exibições desta semana. Eu também me emocionei. Ele tira um peso das costas, vindo não somente de seus antecessores, mas dos próprios Vingadores. Isso porque, agora sim, temos um arco fechado do herói, onde o ator veio construiu a personalidade desde "Guerra Civil", completada agora.
Holland tem um Homem-Aranha para chamar de seu e pode se orgulhar disso. Tanto que teremos mais três filmes estrelados por ele.