A sessão legislativa dessa quarta-feira (22) na Câmara Municipal de Marechal Deodoro foi marcada por um duro embate entre membros da situação e oposição, em torno das matérias que travavam a pauta da Casa de Leis. No entanto, o que mais chamou a atenção foram as acusações feitas pelo vereador Jorge Mello (PROS) sobre o uso indevido de recursos públicos e traição política praticados pelo prefeito do município, Cláudio Filho Cacau (MDB).

A denúncia, feita no Plenário da Câmara Municipal e transmitida ao vivo pelas redes sociais da Casa, causou um verdadeiro tom de surpresa quando o parlamentar-mirim afirmou que Cacau faz “orgias” com dinheiro público. “Será que a população de Marechal vai ficar satisfeita em saber – já que você quer ir pro lado pessoal – que ela banca suas orgias quando você viaja para Brasília, para São Paulo, sob a justificativa de que vai trabalhar pelo pelos interesses de Marechal Deodoro?”, questionou Jorge Mello em discurso direcionado ao prefeito.

Jorge Mello foi além e desafiou Cacau a debater com ele o assunto. “Quer falar sobre isso? Sobre quando você viaja, sobre o que faz a noite? Me respeite! Você nunca mais se atreva a falar do meu pai, do meu irmão ou alguém da minha família, por que você é um moleque”, disparou o vereador, afirmando ainda que esse tipo de atitude mostram o quão “fraco” o prefeito é.

Em seguida, o parlamentar saiu das acusações pessoais para falar sobre supostos atos de traição política com aliados praticados por Cacau durante as últimas eleições. “Você [prefeito] colocava os seus soldadinhos para tirar votos de vereadores da sua base, por que não abaixam as orelhas para você. Se você quiser eu digo aqui o que aconteceu na eleição com o vereador Bocão. Tantas vezes eu tive aqui alguns problemas com ele que a equipe dele ia nas minhas bases oferecer dinheiro para que não votasse no vereador Jorge Mello, e votasse no vereador Bocão. Quer falar sobre isso, prefeitinho, vamos falar!”, contou.

Liderados por Jorge Mello, os vereadores oposicionistas questionaram algumas matérias enviadas pelo Poder Executivo, que caracterizaram como “absurdas”. Entre elas, o pedido de autorização para empréstimo no valor de R$ 15 milhões junto à Caixa Econômica Federal, e outro que cria cerca de 67 cargos em comissão na estrutura municipal. “Um tapa na cara do deodorense, não vamos deixar esse trenzinho da alegria prosperar”, concluiu.

A reportagem tentou contato com a assessoria de comunicação da prefeitura de Marechal Deodoro, mas até o fechamento da matéria não obteve respostas.