O Hospital Geral do Estado (HGE) também é cenário de reencontros. Na maior unidade de urgência e emergência de Alagoas a confiança da população é tão grande sobre o trabalho dos profissionais, que por vezes pedem ajuda mesmo não sendo uma atribuição entre tantas já exercidas. Como aconteceu com a família de Maria de Lourdes Bezerra dos Santos, de 75 anos, que foi devolvida a família após articulação das assistentes sociais esta semana.

O sobrinho de Dona Maria, José Maurício Nascimento, conta que sua tia havia sumido de casa, no Benedito Bentes, em Maceió, na terça-feira (4), e ninguém tinha ideia de seu paradeiro. Com problemas de memória e confusão mental, ela alega que teria saído de casa para encontrar o namorado que teria no Trapiche da Barra, bairro também da capital, entretanto, ao descer do ônibus, não lembrava do endereço.

“Uma pessoa a viu perdida na rua e a trouxe para o hospital. No início, achávamos que ela estava com algum problema de saúde, mas quando conversamos, percebemos que ela só estava perdida. Decidimos ajudá-la! Com o nome completo, fizemos uma busca em nosso sistema e encontramos uma admissão antiga. Nos dados constam várias informações, entre elas o endereço, então iniciamos as nossas tentativas de contato”, relatou a assistente social Agda Soares.

Temerosa, algumas vezes Dona Maria quis ir embora do hospital, mas foi convencida pela equipe do Serviço Social a permanecer no local. Durante o tempo que esteve à espera de seus familiares, relatou um pouco de sua trajetória de vida.

“Estamos muito sensibilizados com a empatia, com o cuidado, com a atenção que todos deram a minha tia. Foi um empenho além das funções delas, mas dentro do esperado por uma equipe tão qualificada e comprometida com a humanização. Estamos muito felizes e a família toda agradece muito pela graça de poder levá-la de volta para casa sem nenhum arranhão”, disse José Nascimento.

Compromisso

As assistentes sociais do HGE são dedicadas a acolher, esclarecer dúvidas e ajudar os pacientes a terem acesso às políticas sociais do Estado. Com olhar crítico, rotineiramente observam documentos, realizam estudos técnicos, analisam dados e se articulam com entidades – principalmente públicas, filantrópicas e não-governamentais.

“O HGE também absorve muitas mazelas sociais, problemas socioeconômicos relatados durante o atendimento médico. A Organização Mundial da Saúde definiu saúde como ‘um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência da doença’. Por isso, entendemos que também é nosso dever ajudar, ainda que referenciando, todos aqueles que precisam de auxílio”, pontuou o gerente do HGE, Paulo Teixeira.