Nº de profissionais de saúde infectados cresce em AL e hospitais buscam temporários
Com medo do colapso, países permitem que profissionais trabalhem infectados
A infecção de profissionais da saúde com Covid-19 e influenza é uma das principais preocupações com a terceira onda do novo coronavírus. Na França, por exemplo, foi permitido que profissionais de saúde infectados com o vírus, mas com poucos ou nenhum sintoma, continuem tratando os pacientes em vez de se isolarem.
O governo francês acredita que a medida é necessária para manter os serviços essenciais em funcionamento. No Brasil, diante do quadro, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o governo estuda a possibilidade de redução da quarentena para profissionais.
Em entrevista ao 7Segundos, o presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Alagoas (Coren-AL), Renné Costa, informou que o número de profissionais da saúde doentes tem crescido no estado.
“Não temos o número exato, porque os profissionais deveriam informar no portal que nós criamos. Mas sabemos que é um número alto. Hospitais, principalmente privados, vem contratando temporariamente para substituir os que estão doentes”, disse.
Nesta semana, a Confederação Nacional de Saúde, Hospitais, Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde) enviou ao Governo Federal que o período de afastamento concedido a profissionais da saúde infectados com o coronavírus seja limitado a cinco dias.
O Coren-AL é contra. “O profissional vem lutando. Não se trata da questão física, trata-se também da questão psicológica. Os profissionais já vão entrando numa terceira onda da Covid. Estão cansados fisicamente e mentalmente. Estamos todos com medo dessa nova variante. Será que a gente vai levar essa contaminação para casa? Será que vamos passar a ser um vetor para familiares e a sociedade? Essa solicitação é muito perigosa”.