Maceió

MPF vai investigar empresa por irregularidades e violações ambientais em Maceió

Administradora de aterro sanitário e antigo lixão de Maceió é alvo de investigações sob suspeita de omissão por parte da empresa

Por 7 Segundos com assessoria 01/03/2022 10h10 - Atualizado em 01/03/2022 10h10
MPF vai investigar empresa por irregularidades e violações ambientais em Maceió
E empresa é suspeita de omissão em obrigações - Foto: Assessoria

A denúncia do vereador Delegado Fábio Costa sobre irregularidades e violações ambientais cometidas pela concessionária V2 Ambiental, administradora do aterro sanitário e antigo lixão de Maceió, ao Ministério Público Federal será alvo de investigação por parte do órgão.

Numa fiscalização in loco, realizada pelo próprio parlamentar, foram identificados o transbordamento e infiltração do chorume no solo, continuidade no depósito de resíduos no entorno, erosões, rupturas, falta de drenos para os resíduos líquidos e para extração de gases que são gerados pela decomposição, ausência de tratamento e destinação correta do chorume, ausência de cercas que delimitem a área (o que permite que qualquer pessoa tenha acesso ao local).

“A empresa assumiu no contrato de concessão, há mais de dez anos, uma série de medidas de recuperação do vazadouro (lixão) de Cruz das Almas, em sua totalidade. E o que nós vimos é que ela deixou de cumprir diversas obrigações contratuais, chegando inclusive, a ser autuada em quase R$1.000.000,00 (um milhão de reais) pelo Instituto de Meio Ambiente (IMA) por danos ambientais encontrados na localidade durante fiscalização”, confirmou Fábio Costa.

De acordo com ele, diversos acontecimentos poderiam ter sido evitados, caso o projeto básico fosse cumprido. “Houve um grande investimento por parte da Prefeitura de Maceió para desativar e recuperar o antigo lixão e hoje o que vemos é uma verdadeira omissão por parte da empresa responsável na recuperação ambiental daquela área”, lamentou.

Outro agravante é que veículos com cargas de chorume oriundas do aterro sanitário estão despejando substância líquida, densa, escura e fétida, diretamente nos dutos do emissário submarino sem que tenha sido observado qualquer tipo de tratamento aplicado para reduzir ou neutralizar a carga extremamente poluidora que é pertinente ao chorume.

“Se não cuidarmos do problema agora, que futuro nós vamos deixar para os maceioenses? Vai chegar um tempo (que já estamos vivendo) em que as nossas praias ficarão impróprias para banho, além, de exalar um cheiro desagradável àqueles que caminham em nossa orla. Esse é o meu papel, estarei fiscalizando e levando às instituições situações de desrespeito ao meio ambiente e à população”, afirmou.