'Nada justifica uma mulher silenciar outra mulher', disse a secretária da Mulher de Maceió sobre polêmica com Teca Nelma
Ana Paula Mendes relata que teve a sua fala cortada ao convidar a vereadora para participar das ações criadas pela Prefeitura voltadas às mulheres

Os últimos dias foram marcados por uma polêmica envolvendo a vereadora Teca Nelma e a advogada e secretária da Mulher de Maceió, Ana Paula Mendes, que foi convidada pelo programa Na Mira da Notícia desta quarta-feira (16) para abordar temas como sororidade, o silenciamento da mulher e a luta em defesa da liberdade.
Para iniciar o bate-papo com o radialista Angelo Farias, Ana Paula explicou o que acabou gerando toda a polêmica em torno do assunto.
"Estamos no mês das mulheres; um mês extremamente importante, que fala sobre luta, garantia de direitos e exaltação de todas as mulheres. Foi convocada, pela vereadora Teca Nelma uma audiência pública para falar sobre políticas públicas para as mulheres", contextualizou.
Ana destaca que o espaço era "de muita importância" para que fossem apresentados projetos que o Poder Executivo criou e executou para as mulheres de Maceió. "O Executivo também trabalha com o Legislativo para vários programas e ações acontecerem. Também se faz presente e pertinente a importância da Legislação dos vereadores", disse.
Apesar do conflito entre as duas, a secretária pontua que Teca Nelma "também luta pela causa das mulheres".
Ela relata que, no momento da audiência pública, a deputada federal e mãe de Teca, Tereza Nelma, teve o seu momento de fala por cerca de meia hora sem cortes. Antes mesmo de sua fala, Ana solicitou à vereadora que também tivesse o seu momento de fala prolongado, o que foi aceito por Teca Nelma.
"Iniciei a minha fala e falei por quase 20 minutos sobre todas as nossas ações desenvolvidas na Prefeitura de Maceió, onde o prefeito JHC e a Prefeitura de fato construíram políticas públicas de continuidade na cidade de Maceió, a exemplo do Aluguel Maria da Penha, o Programa Emprega Mulher, da criação de uma preferência de no mínimo 5% de reserva de vagas para mulheres vítimas de violência doméstica nos conjuntos habitacionais do município, dentre tantas outras ações", explicou.
Após esse momento, quando a secretária estava finalizando a sua fala, Ana Paula convidou a vereadora Teca Nelma a participar dos eventos criados pela Prefeitura Municipal: "é muito importante que ela, como representante do Legislativo e uma das poucas mulheres na Câmara dos Vereadores, se faça presente nessas ações". A fala da advogada foi cortada instantaneamente durante o convite.
Mesmo tendo sido silenciada, Ana solicitou que a vereadora ligasse o microfone novamente, mas Teca foi "muito clara e autoritária ao afirmar que não permitiria ataques contra ela na Câmara de Vereadores". "Em nenhum momento foi um ataque contra ela, pelo contrário, no momento em que eu a convidei para os nossos eventos ela se exaltou e proferiu várias palavras de uma forma que inferiorizasse o nosso trabalho de gestão", afirmou.
Ana Paula ainda disse que se sentiu desrespeitada ao ter a sua voz silenciada: "eu estava lá para contribuir, e tenho contribuído, representando a gestão do prefeito de Maceió com políticas públicas para mulheres, assim como ela".
Para a advogada, "nada justifica uma mulher silenciar outra mulher. Essas ações me entristecem quando vêm de outra mulher". "Nós passamos por diversos silenciamentos em toda a sociedade por homens e todas nós mulheres sabemos o quanto estar em lugar de poder é difícil e raro", pontuou.
A produção do Na Mira da Notícia contatou a assessoria de imprensa da Vereadora Teca Nelma, que com seu direito de resposta afirmou
- Não há o que falar sobre silenciamento de "direito de fala" quando a Coordenadora do Gabinete da Mulher da Prefeitura de Maceió teve o dobro de tempo das demais mulheres presentes na audiência pública.
As regras da audiência delimitavam o tempo de fala de 10min, para as personalidades que estavam compondo a mesa, e 5min para as representantes da sociedade civil. Ela chegou ao evento mais de uma hora atrasada. Mesmo assim a senhora Ana Paula falou por 24 minutos e, ao ter seu microfone silenciado pelo próprio sistema, passou a gritar e xingar a presidência da audiência pública.
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