O deputado estadual Paulo Dantas (MDB) irá concorrer ao mandato-tampão para governador de Alagoas no próximo mês. Em um café da manhã com a imprensa nesta segunda-feira (11), Paulo Dantas afirmou que as pessoas precisam saber de que lado ele está.

Na última semana, o parlamentar esteve em São Paulo, ao lado do ex-governador Renan Filho (MDB), para um encontro com o ex-presidente Lula (PT). Ele acredita que candidatos podem tentar esconder quem apoiam nacionalmente, mas que a população não irá permitir. “As eleições estaduais serão nacionalizadas”.

“As pessoas quando vão votar tem que conhecer a história completa. Qual a história do Paulo que apoia Renan [Filho] e Lula? E de Lula que apoia Renan e Paulo? Qual a história de Bolsonaro, de Arthur [Lira] e de Rodrigo Cunha? O que foi que fizeram como deputado, senador e presidente da República? É que as pessoas precisam saber”

Questionado pela imprensa, Paulo Dantas confirmou que há possibilidade real de se candidatar ao Governo de Alagoas nas Eleições Gerais de 2022, e afirmou que gostaria que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não fosse reeleito.

“Tenho que estar preparado para tudo. Não gostaria que acontecesse. O Brasil não merece mais quatro anos de Bolsonaro. Mas se isso acontecer, nós vamos enfrentar, tocar o estado da mesma forma que foi tocado nesses primeiros quatros anos de Bolsonaro. Com equilíbrio, transparência, tranquilidade, fazendo com que as coisas aconteçam”.

Paulo Dantas disse que ainda não decidiu quem irá apoiar como candidato a vice nas eleições do próximo mês, quando 27 deputados estaduais vão votar para governador e vice em eleições distintas. Para ele, é importante a votação aberta para que a população saiba o posicionamento do parlamentar que votou.

“O grande legado é não permitir retrocesso, é não voltar a Alagoas do passado. Uma Alagoas violenta, sem Educação, sem duplicações, sem rodovias, que não tinha concursos públicos e não pagava o salário em dia. O grande legado é fazer com que Alagoas não pare”.

Paulo Dantas ressaltou que não irá permitir retrocessos, mas também falou o que faria diferente nos últimos sete anos. Para ele, Renan Filho encontrou uma Alagoas que passava por muitas dificuldades e organizou as finanças para poder investir em Segurança Pública, Educação, novos hospitais e, mais recentemente, no Programa Cria.

“Eu teria iniciado antes com a questão dos programas sociais e teria também investido mais no fortalecimento da agricultura familiar e cooperativismo”.