O deputado federal Paulo Fernando dos Santos - o “Paulão do PT” - anunciou, durante entrevista à Rede Antena 7 na manhã desta segunda (11), que é pré-candidato à reeleição em Alagoas neste ano.

O parlamentar avalia que o PT está tendo boa recepção tanto na capital quanto no interior alagoano. “Eu acho que é um momento político diferenciado”, diz o parlamentar, comentando também que a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afetou o cenário.

O parlamentar disse que o partido está se recuperando da onda antipetista advinda do período do auge da Lava-Jato.

Sonho na prefeitura

Mas ao ser questionado sobre um “sonho” que teria na política, Paulão diz que já quis ser prefeito de Maceió, mas também afirma “ter o pé no chão”.

“Quem é da política tem um sonho em todos os aspectos, prefeito, governador, presidente da república né, mas eu tenho um pouco de pé no chão”.

Para o parlamentar, a realidade da política no estado, incluindo a do próprio PT, possui uma correlação de forças “desigual”.

Ele cita que já foi candidato a prefeito no ano 2000, quando o mesmo estava em segundo lugar nas pesquisas até o mês de maio, mas ficou em terceiro quando chegou os resultados da eleição, com 50 mil votos.

Em 2004, Paulão tentou novamente, ficando em primeiro nas pesquisas até os meses de janeiro e fevereiro.

Mas ele recebeu um pedido do presidente do PT nacional, José Genoino, comunicando-o sobre uma aliança com que o partido fez com o PSB, e a sigla pediu que o PT não lançasse candidaturas em Fortaleza e Alagoas, culminando com a desistência de petistas na corrida em Maceió e outras capitais.

De acordo com o parlamentar, ele já havia desistido da prefeitura em 2016, mas acabou se candidatando por causa de uma “missão”.

“Em 2016 eu fui candidato agora devido a uma missão, eu não queria ser candidato, eu me planejei, mas tem hora que você tem que enfrentar a missão”, concluindo que naquele período houve baixos votos em seu nome.

Sobre Alckmin:

Paulão disse também ser favorável à aliança do PT com Geraldo Alckmin, mas que é um fator que causa divergências dentro do partido e com apoiadores.

“Isso é um processo interno do PT, com divergências com uma parte da população”.

O parlamentar disse que a aliança entre os políticos se trata de um interesse em comum entre eles no “estado democrático de direito”.