O deputado estadual Davi Davino (PP) participou do programa de rádio Na Mira da Notícia nesta quinta-feira (12) e, ao radialista Ângelo Farias, confirmou a candidatura ao Senado Federal. O ex-candidato à Prefeitura de Maceió, em 2020, também comentou sobre a primeira greve da história do Poder Legislativo de Alagoas e foi aderida por diversos deputados estaduais.

Durante o bate-papo com os jornalistas Ângelo Farias e Berg Morais, o atual deputado estadual lançou oficialmente a sua candidatura ao Senado Federal. "Eu aceitei o desafio e irei encarar essa luta de candidatura ao Senado porque sinto que as pessoas estão querendo uma renovação. A política do nosso estado precisa renovar e acredito que Alagoas dará uma resposta muito grande no dia 2 de outubro em relação a isso", destacou.

Os dois adversários de Davi Davino são Renan Calheiros Filho, que foi eleito a governador de Alagoas na última eleição e deixou o cargo com uma grande aprovação, e Fernando Collor, ex-presidente da República e tem um grande nome dentro e fora de Alagoas. Apesar de estar entrando contra dois gigantes da política, Davino acredita que o seu diferencial é "conversar com as pessoas". "Se você tiver a oportunidade de conversar, você vai ver que o sentimento da vida real das pessoas é de renovação".

"Acredito que Renan Filho é um final de ciclo. Um exemplo é o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do nosso estado, é um dos piores do Brasil. As pessoas estão passando dificuldade e desempregadas em nosso estado. Não vejo essa aprovação revertida em transformação de vidas", criticou o deputado.

Ele ainda pontua que, mesmo que o número de hospitais tenha crescido em Alagoas, as pessoas ainda possuem dificuldades para serem atendidas. "Tem pessoas que precisam sair de Maceió para Coruripe para fazer uma cirurgia. Como podemos aceitar isso ainda?", questionou.

De acordo com Davi Davino, "hoje vivemos um momento de muita propaganda". "As pessoas sabem a necessidade real e quero trabalhar para essas pessoas que precisam do Poder Público e que conheça as suas dificuldades. Nesse momento eu me encaixo muito bem nesse perfil porque conheço as dificuldades dessas pessoas", salientou.

O candidato ao Governo de Alagoas entende que não é um dos nomes mais conhecidos no interior do estado, mas acredita que terá a oportunidade de se apresentar através de rádios, televisão e outros meios de comunicação. "Vou mostrar meu trabalho e que minha história não é só como deputado estadual. Tenho uma história de vida desde os 17 anos de idade através da FunBrasil, no Jacintinho, que são mais de 1.500 atendimentos humanizados", garantiu.

Paralização do Poder Legislativo de Alagoas

A greve foi iniciada no dia 2 de maio e se estende até hoje. Quanto à isso, Davino, que não entrou em greve, diz que muitos deputados não estão comparecendo às sessões: "respeito, é uma decisão que eles acham que não deva acontecer até que se escolha o tampão, mas eu discordo". O deputado acredita que as sessões ordinárias devem continuar já que existem diversas pautas a serem trabalhadas e o Estado não pode parar: "a população é quem perde com essa paralização".

Quando questionado pelo jornalista Berg Morais quem é o responsável pela paralização das sessões planárias, Davi Davino pontuou que não ficou sabendo sobre a greve e que "cada deputado tem o livre arbítrio para decidir se comparece ou não. Quem vai julgar isso é a população. Nada melhor do que o povo para julgar esse momento".

A falta de quórum para a realização de sessões no Plenário da Assembleia Legislativa Estadual (ALE) pode até mesmo prejudicar e dificultar o governo do gestor estadual em exercício.

Davi Davino acredita que, apesar da situação antes nunca vista na história do Poder Legislativo de Alagoas, o Supremo Tribunal Federal (STF) irá resolver o problema até amanhã (13). "Daremos continuidade à vida na Assembleia Legislativa para que possamos colocar os projetos e orçamentos importantes em ação", disse.

Ele ainda revelou que o seu voto para governador-tampão de Alagoas será no deputado Davi Maia (União Brasil).