Infectologista explica possibilidade de hepatite aguda se tornar epidemia no Brasil
A médica apontou a flexibilização de medidas contra Covid-19 como um dos meios de tornar a população vulnerável a um novo surto de outra doença

Ao longo das últimas semanas, surgiu um surto atípico de uma doença com impacto mundial: a hepatite aguda infantil. A origem, até então, é desconhecida. Dados do Ministério da Saúde, compilados até essa quinta-feira (11), apontavam que o Brasil estava monitorando 28 casos suspeitos.
Destes, dois são no Espírito Santo; quatro em Minas Gerais; três no Paraná; dois em Pernambuco; sete no Rio de Janeiro; dois em Santa Catarina; e oito em São Paulo. A Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau) ainda apura a situação, mas, até a publicação desta matéria, nenhuma informação foi divulgada quanto a registro de casos.
A hepatite aguda é uma inflamação do fígado com sintomas que aparecem de maneira repentina. As causas podem ser diversas, como medicamentosas, ingestão de álcool, questões autoimunes e infecções virais [as mais comuns], sendo os conhecidos A, B, C, D e E. Os casos chamaram atenção de médicos e autoridades sanitárias pelo mundo por não apresentarem os vírus mais comuns por trás das hepatites.
O portal 7Segundos conversou com a médica infectologista do Hospital Universitário, Sarah Dominique, listou como formas de contágio a aquisição do SARS-CoV-2, através de aerossóis, de gotículas e contato entre as pessoas quando há alguém doente ou transmissor sem adoecimento, da mesma forma os adenovírus passam pelo contato próximo.
Sarah explicou que existe o risco da doença causar uma epidemia no Brasil. "A casuística mundial evidencia correlação com a COVID-19 e a co-infecção com Adenovírus, o Brasil por afrouxar as medidas de contenção da COVID-19 torna a população vulnerável, pois podemos crescer em números a qualquer momento. Existe risco de termo acréscimo da casuística da hepatite no Brasil", detalhou.
A média mundial de contágio é da faixa etária abaixo dos 16 anos e, com a maioria não vacinada contra a Covid-19. "Este é o cenário que o Brasil se encontra", completou.
Sintomas
Os sintomas apresentados são gastrointestinais e incluem dor abdominal, diarreia, vômitos, e icterícia, que é quando a pele e a parte branca dos olhos ficam amareladas. Até então, não houve registro de febre.
Prevenção e tratamento
Sarah conta que a prevenção da transmissão dos adenovírus e Covid servem também para evitar casos de hepatite, ou seja, uso de máscara e higienização com álcool 70, entre outros.
De acordo com a infectologista, o tratamento consiste em repouso relativo, hidratação, o uso de medicações para controle de sintomas e boa alimentação. "Não é um caso de hepatite com medicação específica para tratamento. É fundamental o controle laboratorial da inflamação, evitar sangramentos se distúrbios da coagulação", finalizou.
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