Casos de stalking aumentam 46 vezes em Alagoas; veja como se proteger
Crime foi tipificado no país apenas no ano passado
De 2020 para 2021, o número de casos de stalking contra mulheres subiu de três para 140 em Alagoas. Isso significa que, de um ano para o outro, a quantidade de casos foi 46 vezes maior, ou estava subnotificado.
Com mais de 27 mil denúncias contabilizadas no país, o Brasil registra mais de três casos por hora. Os dados constam no Anuário Brasileiro da Segurança Pública.
O crime, que consiste em perseguir alguém reiteradamente por qualquer meio, foi tipificado no ano passado. É a primeira vez que o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) realiza o levantamento.
O 7Segundos conversou com o delegado titular da Delegacia de Crimes Cibernéticos da Polícia Civil de Alagoas, Sidney Tenório, sobre perseguição através das redes sociais.
Ele separa os casos em dois tipos de situação: os que envolvem pessoas que já tiveram uma relação e pessoas que sequer se conheciam. De acordo com o delegado, o primeiro caso é o mais comum, mas ambos já foram investigados na delegacia.
“Nos primeiros sinais deste tipo de perseguição, é preciso pedir ajuda, procurar a polícia, registrar, pedir apoio. O delegado pode vir a chamar o acusado e mandar para sob pena de ser processado. Não é simples, pode se tornar mais grave”, afirmou.
Sidney Tenório recomenda que os perfis pessoais permaneçam fechados, a não ser que em casos de pessoas que precisem por causa do trabalho.
Recomendações importantes além da denúncia
1 - Guarde prints, mensagens e e-mails que registrem a ação do stalker;
2 - Bloquear o acusado e perfis suspeitos, além de restringir as redes sociais;
3 - Registre, se possível, em casos de perseguição pessoalmente.