Maceió

Prefeitura de Maceió continua prestando assistência a mais de quatro mil pessoas

Famílias estão recebendo cuidados médicos, donativos e atenção nos espaços disponibilizados pelo município

Por Secom Maceió 05/07/2022 16h04
Prefeitura de Maceió continua prestando assistência a mais de quatro mil pessoas
Prefeitura de Maceió continua prestando assistência a mais de quatro mil pessoas - Foto: Secom Maceió

Devido às fortes chuvas que caíram na capital na última semana e causou diversos estragos para a população, as secretarias da Prefeitura de Maceió estão mobilizadas para prestar assistência às famílias que estão desalojadas e minimizar os danos causados pelas devido ao aumento do nível da Lagoa Mundaú, que invadiu as casas na região lagunar.

Atualmente, o município está com cerca de quatro mil pessoas, que ficaram desabrigadas e estão lotadas nos 12 espaços disponibilizados pela prefeitura, onde estão recebendo cestas básicas, água, lençóis e colchões, além de atendimento médico e refeições diárias.

De acordo com o secretário de Assistência Social, Claydson Moura, todas as secretarias da Prefeitura de Maceió estão nas ruas mobilizadas para ajudar a todos, de forma que não falte nenhuma assistência para os que mais precisam nesse momento. “Sabemos que ainda tem muita gente que está precisando, e nós vamos ajudar”, garantiu.

Claydson Moura ainda destaca que as famílias que aceitarem o aluguel social terão o barraco demolido para que não voltem a morar à margem da lagoa com novo risco de enchente e serão encaminhadas para programas habitacionais.

"Infelizmente essa água chegou com muita força, mas estamos atentos e preparados. Praticamente o Nordeste inteiro está precisando de ajuda e aqui em Maceió não tem sido diferente, mas estamos todos unidos em busca de melhorias para minimizar essas dificuldades. Graças a Deus não está faltando comida, nem água para as pessoas que estão abrigadas nas escolas da capital”, apontou.

Na Escola Municipal De Ensino Fundamental Nosso Lar I que está sendo disponibilizada como abrigo desde o último domingo (3), estão alojadas 700 pessoas com direito a todas as refeições.

De acordo com a diretora de Proteção Social Básica da Semas, Aline Pedrosa, ao chegar nos abrigos, as famílias são divididas por salas, priorizando os idosos, gestantes, pessoas com comorbidades, deficientes e crianças.

“Nós temos no Nosso Lar 23 salas, em cada uma ficam cerca de 3 ou 4 famílias, dependendo da quantidade de integrantes. A estrutura daqui é muito boa e estamos dando todo o suporte necessário para eles”, destacou.

Glauco Leitão, é clínico geral e médico especialista da saúde da família e comunidade, e está prestando atendimento à população com trabalho voluntário nos locais que estão sendo utilizados como abrigos na capital.

“Nós estamos com o Instituto Novo Horizonte realizando atendimento clínico para as pessoas que estão sentindo dores, tendo febres, gripados ou que estejam sentindo qualquer outro sintoma. Além disso, estamos com equipes de enfermagem no local, aferindo pressão e glicemia. Eles estão tendo atendimento médico necessário e já saem da sala com os medicamentos em mãos”, declarou Leitão.

Maria Perpetuo Socorro, morava no bairro do Bom Parto há mais de dez anos com o esposo e dois filhos, e devido às fortes chuvas acabou perdendo todos os seus pertences. Emocionada, dona Socorro declarou que passou por uma situação desesperadora e nunca imaginou estar nessa situação.

“A água chegava a cobrir o corpo inteiro, minhas roupas e os meus pertences chegavam a ficar boiando. Precisei colocar minha filha no braço para tentar sobreviver, pois ela já estava sendo coberta. A nossa sorte foi que os bombeiros nos resgataram e nos trouxeram para o abrigo. Aqui estamos tendo comida e todo atendimento necessário, não tenho o que reclamar”, apontou Maria.

Josefa Maria da Silva, mora no bairro da Levada há mais de 45 anos e, chorando, alegou nunca ter passado por uma situação igual a essa e não sabe o que seria dela se não fosse o acolhimento da prefeitura.

"Moro há anos no mesmo lugar, já enfrentei outras tempestades, mas nenhuma se compara a essa. Lutei muito para conquistar tudo que eu tinha e, hoje, não tenho mais nada. Não está sendo fácil. Vou aguardar o auxílio da prefeitura para tentar me reerguer e construir tudo de novo.", disse Josefa.

A Prefeitura está disponibilizando 11 mil colchões, 11 mil lençóis, e está distribuindo 47 mil refeições por dia, 5 mil cestas básicas, água mineral e mais de 11 mil kits de higiene para atender o mais rápido possível as demandas dos desalojados e desabrigados.

Os técnicos da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas) iniciaram as entrevistas nos abrigos para cadastramento no aluguel social, no valor de R$ 250. Além disso, o órgão irá liberar um auxílio emergencial que será criado por meio de decreto do prefeito JHC, no valor de R$ 500 por família, podendo chegar a R$ 3 mil. A prioridade serão as pessoas que estão em abrigos.

Em decorrência do trabalho preventivo feito pela Prefeitura desde o ano passado, Maceió, até o momento, não registra vítimas fatais mesmo com as fortes chuvas e enchentes - como ocorreu em 25 de maio.

Confira os locais que estão sendo utilizados como abrigos pela Prefeitura:

Escola Nosso lar
Rui Palmeira
Antídio vieira
Cmei Francisco Melo
Tarcizio de Jesus
Sítio Recreio
Creche Agenor /Padre Cabral/quadra do Recreio Fernão Velho
Creche Virginia Moraes e uma Escola ao Lado Rio Novo
CAT DEFESA CIVIL no Pinheiro
Aurelina Palmeira
Instituto junte-se a nós
Almeida Leite