Aluno de escola pública sofre injúria racial pela professora
Comissão de Igualdade Racial oficiou Secretaria de Estado da Educação para que o caso seja acompanhado e os responsáveis sejam punidos

A Comissão de Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL) está acompanhando mais um caso de injúria racial no estado. O episódio aconteceu em uma escola pública no final de agosto. Esta semana, a Comissão recebeu a vítima para uma reunião de acolhimento, na qual foi assinado um termo de declaração entre a OAB/AL e a vítima.
A denúncia envolve um estudante do ensino médio e uma professora. A vítima relata ter sido chamada de “preto e analfabeto” pela professora da disciplina de Artes, após se recusar a ler um texto em voz alta. Nesse momento, segundo a vítima, a turma teria prestado apoio. A professora, então, teria acusado os demais alunos de xenofobia, visto que ela é argentina.
O estudante informou que o episódio foi comunicado à diretoria, porém que nenhuma medida foi adotada. De acordo com a vítima, esse tipo de situação seria recorrente na escola, que há meses recebe diversas denúncias de homofobia, racismo e atitudes hostis por parte da professora. Em relação aos diversos casos, o estudante relata que a posição da escola diante das ocorrências é de sempre tentar solucionar o caso com conversas entre os envolvidos e seus responsáveis.
A vítima relata que, mesmo com a mobilização em torno da diretoria, que está ciente de todos os casos, não houve nenhum pedido de retratação por parte da instituição. A escola teria marcado uma reunião entre a professora, a diretoria e os pais do aluno, porém a professora não compareceu.
Um boletim de ocorrência foi formalizado na Central de Flagrantes relatando toda a situação. Já a Comissão de Igualdade Racial da OAB/AL oficiou a Secretaria de Estado da Educação sobre a ocorrência para que as medidas necessárias sejam tomadas. Na oportunidade, a Comissão reforçou sobre a importância de inserir a temática racial nas escolas. Que deve estar presente nos currículos pedagógicos com base no que determina a lei 10.639/0.
Ana Clara Alves, presidente da Comissão de Igualdade Racial destaca que esse não é um caso isolado, e que a Comissão segue acompanhando diversas denúncias relacionadas a discriminação nas escolas “É inadmissível que tais condutas ainda ocorram, principalmente em ambiente escolar e por quem tem o dever funcional de ensinar, acolher e proteger os alunos em uma sala de aula. A escola possui papel primordial no enfrentamento ao racismo, não cabendo qualquer tipo de discriminação. A Comissão de Promoção da Igualdade Racial vem recebendo reiteradas denúncias de supostos crimes de racismo e injúria racial dentro das instituições de ensino. Nesse sentido, levamos o debate racial para as escolas interessadas por meio de rodas de conversa, acolhemos as vítimas e prestamos o acompanhamento jurídico necessário ao caso”, afirmou ela.
Últimas notícias

Prefeitura de Maceió participa da abertura da Maratona de Inovação da Nasa

Motociclista fica ferido após acidente em frente ao Fórum de Campo Alegre

HGE inicia o fim de semana realizando captação de dois rins e um fígado para transplante

Homem é assassinado com golpes de facão em São Sebastião
Condenado por roubo em Alagoas é preso tentando revalidar diploma de medicina no Paraná

Policiais descobrem laboratório de falsificação de bebidas no DF
Vídeos e noticias mais lidas

Homem confessa que matou mulher a facadas em Arapiraca e diz ela passou o dia 'fazendo raiva'

Empresário arapiraquense líder de esquema bilionário perseguia juízes e autoridades, diz ex-mulher

Quem era 'Papudo': líder de facção de altíssima periculosidade morto confronto em Arapiraca

Alvim critica 'Democracia em Vertigem': "Ficção da esquerda"
