Eleições 2022

Rodrigo Cunha pede investigação sobre entrega de cestas básicas durante período eleitoral pelo governo de Alagoas

O governador Paulo Dantas, que está no cargo desde maio deste ano, anunciou no final de junho a criação de um programa para entrega de cestas básicas, alegando situação de emergência.

Por 7Segundos com assessoria 18/09/2022 18h06 - Atualizado em 19/09/2022 06h06
Rodrigo Cunha pede investigação sobre entrega de cestas básicas durante período eleitoral pelo governo de Alagoas
Rodrigo Cunha pede investigação sobre entrega de cestas básicas durante período eleitoral pelo governo de Alagoas - Foto: Reprodução

A coligação Alagoas Merece Mais entrou neste sábado (17) com uma ação, junto à Justiça Eleitoral, para que a tentativa de controlar os votos a partir da miséria seja investigada pelo Ministério Público Eleitoral.

O governador Paulo Dantas, que está no cargo desde maio deste ano, anunciou no final de junho a criação de um programa para entrega de cestas básicas, alegando situação de emergência. Naquele mesmo mês ele foi anunciado candidato à reeleição. Porém, as cestas básicas foram compradas sem licitação e exclusivamente a uma única empresa, que já embolsou mais de R$ 15 milhões de reais do dinheiro público.

O governo, até o momento, não apresentou qualquer documentação comprovando a necessidade do processo de dispensa de licitação, que é obrigatório para estas aquisições. Esta foi a quarta ação apresentada pelo jurídico da coligação contra a candidatura de Paulo Dantas, que já utilizou até um helicóptero do estado para fazer campanha.

“Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função administração direta ou indireta”, diz o art. 14, § 9º da Constituição Federal.

A ação afirma que o atual governador utiliza o respectivo mandato - e a influência política para fins de intervir indevidamente no processo eleitoral. Caso Paulo seja condenado, pode ter os direitos políticos cassados por até oito anos e ficar sem o registro da candidatura.