Cunha diz que STF não inocentou Paulo, apenas determinou que retornasse ao cargo
O candidato pelo União Brasil disse que a decisão do Supremo foi monocrática
O candidato ao Governo de Alagoas Rodrigo Cunha (União Brasil) concedeu entrevista à REDE ANTENA 7, na quarta-feira (26), no programa ANTENA MANHÃ, e buscou dar uma explicação da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) revogar a ordem de afastamento do governador Paulo Dantas (MDB) feita pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). De acordo com Cunha, o STF não inocentou Paulo das acusações de desvio de R$ 54 milhões da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), quando deputado estadual, apenas o fez retornar ao cargo.
Ainda de acordo com o candidato ao Governo pelo União Brasil, a decisão do STF foi monocrática, sem o mérito do colegiado em relação à ação. “O que o ministro Roberto Barroso disse: essas informações de R$ 54 milhões que Paulo Dantas roubou, ocorreu na Assembleia Legislativa. E agora Paulo Dantas é governador. Na interpretação dele é que como o caso ocorreu na ALE, Paulo Dantas não deveria ficar sob investigação do STJ. Portanto, o ministro Roberto Barroso não disse que Paulo Dantas não roubou. Ele disse que pelas informações, ele roubou apenas na ALE e como governador, deve ser julgado em outra esfera”, explicou.
“Mas isso não é entendimento da maioria dos outros ministros que analisaram e disseram que ele como governador continuou recebendo mais de R$ 1 milhões por mês dos funcionários fantasmas que ele tinha nomeado na ALE e continuaram nomeados e que todo mês chegava no seu bolso. Então foram decisões monocráticas e não um colegiado que decidiu e não é um mérito da ação”, disse.