A deputada estadual Cibele Moura encaminhou, nesta sexta-feira (25), ofício ao secretário de Estado da Segurança Pública, Flávio Saraiva, solicitando providências em relação aos atentados com uso de artefatos explosivos ocorridos em Maceió. No documento, a parlamentar aponta os casos recentes que têm deixado a população assustada e propõe medidas de segurança como forma de tentar barrar os delitos.

“Alagoas não pode ficar refém de pessoas que usam dessas bombas para amedrontar nossa gente, para colocar terror no nosso povo. Eu vou continuar atenta, vigilante e cobrando que a Secretaria de Segurança identifique o mais rápido possível e coloque atrás das grades quem quer amedrontar a nossa população”, assegura Cibele.

A parlamentar considera os atentados um fato inadmissível. “É um absurdo que alagoanos estejam sujeitos a fatos como este, a perder a mão, como já aconteceu, a correr risco de vida como já vem acontecendo, por criminosos, por bandidos que precisam estar na cadeia. Esses atentados são algo nunca visto antes e precisam ser esclarecidos o mais rápido possível. Não vou sossegar enquanto esses crimes não forem elucidados”, afirmou

A deputada propõe a Comissão de Gerenciamento de Crise, integrada por membros do Poder Executivo, Legislativo e Judiciário, com a finalidade de integrar os poderes constituídos e tornar ainda mais eficaz a apuração e o combate a estes crimes.

Cibele também solicita a realização de varreduras e levantamentos periódicos nos arredores das principais repartições públicas de cada poder, como o Tribunal de Justiça, Assembleia Legislativa e Palácio do Governo.

Pede ainda a intensificação do policiamento ostensivo e preventivo nas localidades atingidas, assim como outras que potencialmente possam vir a ser afetadas, através da integração entre as forças da Polícia Militar e da Polícia Civil.

A parlamentar lembra ainda no ofício ao secretário Flávio Saraiva os casos registrados nos últimos dias. “Em 10 de novembro, no Centro de Maceió, um senhor de 50 anos, ao realizar coleta de lixo, passou por grave sofrimento após a explosão de uma bomba de produção caseira, tendo sua mão amputada, em decorrência dos ferimentoa”.

No mesmo sentido, relata Cibele, “em 21 de novembro, uma outra bomba explodiu no Hospital Geral do Estado, deixando três pessoas feridas, inclusive uma delas, que também é funcionária do hospital, severamente atingida pela explosão, razão pela qual também teve sua mão amputada”.

“Por último, nesta sexta-feira, 25, mais uma bomba foi encontrada em Maceió, nos arredores do prédio da Secretaria da Fazenda, sendo a segunda repartição pública que foi alvo destes ataques”, pontua.