Fiocruz indica alta de casos de síndrome respiratória em todas as faixas etárias
Das 27 unidades federativas, 20 registram aumento na tendência de longo prazo
Em meio à proximidade das festas de fim de ano, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) destaca a continuidade do crescimento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil.
O público adulto ainda é o mais afetado, mas o novo boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (22), aponta que as infecções vêm atingindo todas as faixas etárias.
Na tendência de longo prazo, 20 das 27 unidades federativas observam aumento moderado, consistente com internações por Covid-19.
São elas: Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.
O levantamento tem como base a semana epidemiológica entre 11 e 17 de dezembro, com dados inseridos no sistema do Ministério da Saúde até 19 de dezembro.
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, segundo a Fiocruz, a Covid-19 representou 80,2% dos casos de SRAG no país, contra 94,8% do último balanço.
Já o Vírus Sincicial Respiratório, que atinge crianças, teve um crescimento importante, indo de 0,5%, no levantamento anterior, para 8,3% no atual. Ele tem sido especialmente notado em São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal.
Além disso, a influenza A representa 1,7% dos pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave e a influenza B, 0,1%.
Diante desse cenário, o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, volta a pedir cautela e medidas de prevenção.
“Especialmente para pessoas com maior risco de desenvolver casos graves, o uso de máscaras adequadas no transporte público, locais fechados ou mal ventilados, e nas aglomerações deve ser mantido até que o cenário epidemiológico volte à situação de baixa circulação do Sars-CoV-2 (coronavírus)”, colocou.