Sem Bolsonaro e Mourão, Lula avalia alternativas para entrega da faixa presidencial
Equipe de transição considera três hipóteses: que a faixa presidencial seja entregue pelo cerimonial da Presidência da República, por representantes da sociedade civil ou pelos presidentes do Poder Legislativo

Com as sinalizações feitas por Jair Bolsonaro (PL) e Hamilton Mourão (Republicanos-RS) de que não participarão da cerimônia de transmissão da faixa presidencial, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avalia alternativas para a solenidade oficial.
Segundo relatos feitos à CNN por dirigentes petistas, a equipe do governo de transição considera que o símbolo da Presidência da República pode ser entregue de três formas diferentes.
A primeira delas seria seguindo a hierarquia da Presidência da República, ou seja, que a faixa presidencial seja repassada ao presidente eleito por Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, ou Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado Federal.
Nos bastidores, Pacheco tem sinalizado que, caso seja essa a opção escolhida, ele estaria disposto a transmitir a faixa presidencial a Lula no parlatório do Palácio do Planalto.
Pacheco e Lira estarão em Brasília para recepcionar Lula e o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), em solenidade no Congresso Nacional, como parte dos eventos da posse.
A segunda opção seria que um representante do cerimonial da Presidência da República transportasse o símbolo presidencial e o entregasse a Lula, que o vestiria na sede do Poder Executivo.
A última alternativa seria que a faixa presidencial fosse transportada por um grupo de pessoas que simbolize as diversidades de raça e de gênero da população brasileira.
Essa última opção é considerada a favorita, segundo dirigentes petistas, da futura primeira-dama Rosângela Silva, a Janja, que tem organizado a cerimônia de posse de Lula e Alckmin.
Em entrevista à CNN, Mourão disse que não entregará a faixa presidencial porque a função caberia a Bolsonaro. Já o presidente tem sinalizado que não está disposto a participar da cerimônia.
A tendência é de que ele viaje para o exterior às vésperas da cerimônia de posse, marcada para 1º de janeiro, próximo domingo.
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