Lula resiste, mas parte da base governista insiste em CPI sobre ataques em Brasília
Fontes ouvidas pela CNN explicam receio de que comissão poderia atrapalhar o andamento de projetos no Congresso
Logo após os ataques criminosos às sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro, parlamentares se organizaram para conseguir assinaturas suficientes para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os atos.
Entretanto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se posicionou contra a instauração de uma CPI, destacando que autoridades já estão apurando os fatos.
Segundo Daniela Lima, âncora da CNN, uma base “importante e articulada” do Congresso mantém, ainda assim, a intenção de coletar as assinaturas.
Fontes ouvidas pela CNN explicam que uma CPI poderia diluir as pautas e atenção para projetos do governo no Congresso — o que poderia dificultar articulação e aprovação deles –, além de ser grande foco de atenção da imprensa.
Ao mesmo tempo, um receio de parlamentares que apoiam um inquérito seria uma possível instauração de uma investigação contra o governo federal, narrativa que alguns senadores e deputados da oposição tentam emplacar.
À CNN, Soraya Thronicke (União Brasil) afirmou que defende uma CPO “séria, célere e imparcial”. Segundo a assessoria da senadora, o requerimento conta com o apoio de 33 senadores que estarão na Casa na próxima legislatura, a partir de 1º de fevereiro. O mínimo necessário é de 27 assinaturas.
Ao todo, são 45 senadores em exercício que apoiam a abertura da comissão.
*publicado por Tiago Tortella, da CNN
*com informações de Luciana Amaral e Gabriel Hirabahasi, da CNN