Justiça

Filho adotivo de Flordelis irá cumprir pena no semiaberto

Defesa de Lucas Cézar dos Santos Souza diz que, apesar da decisão, ainda não há previsão de quando ele sairá da prisão

Por 7Segundos com CNN Brasil 24/01/2023 19h07
Filho adotivo de Flordelis irá cumprir pena no semiaberto
A ex-deputada federal Flordelis fala sobre a morte de seu marido, o pastor Anderson do Carmo A ex-deputada federal Flordelis fala sobre a morte de seu marido, o pastor Anderson do Carmo - Foto: Fernando Franzão/Agência Brasil

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu na segunda-feira (23) conceder a progressão do regime fechado para o semiaberto a Lucas Cézar dos Santos Souza, filho da ex-deputada federal Flordelis dos Santos de Souza. A decisão foi proferida pela Vara de Execuções Penais.

Lucas foi condenado inicialmente, em novembro de 2021, a sete anos e meio de prisão por envolvimento na morte do pastor Anderson do Carmo, seu pai adotivo e marido de Flordelis. Pouco tempo depois, após um pedido do Ministério Público, a pena de foi aumentada para nove anos. Ele está preso desde novembro de 2021.

A defesa de Lucas informa que recebeu nesta terça-feira a concessão da progressão de regime, mas ainda não há previsão para sua saída da prisão. A advogada informou que irá até a unidade prisional dar a notícia a Lucas na próxima sexta-feira (27).

Ainda não foi definido se ele precisará utilizar tornozeleira eletrônica ou não.

Condenação de Flordelis
A ex-deputada Flordelis foi condenada em novembro do ano passado a 50 anos e 28 dias de prisão por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado, além uso de documento falso e associação criminosa armada por causa da morte de Anderson, que ocorreu em junho de 2019.

A decisão foi tomada pela 3ª Vara Criminal de Niterói após mais de seis dias de julgamento em júri popular. De acordo com a denúncia do Ministério Público, Flordelis foi a responsável por planejar o homicídio do marido, além de ter convencido o executor direto e demais acusados a participarem do crime sob a simulação de ter ocorrido um latrocínio, tendo ainda financiado a compra da arma e avisado sobre a chegada da vítima no local em que foi executado.

Segundo as investigações apontadas na denúncia, o crime teria sido motivado porque a vítima mantinha rigoroso controle das finanças familiares e administrava os conflitos de forma rígida, não permitindo tratamento privilegiado às pessoas mais próximas da ex-deputada em detrimento de outros membros da família.

Ao todo, seis réus envolvidos na morte de Anderson já foram condenados.