PF colherá 10 depoimentos, incluindo de Bolsonaro, sobre o caso das joias em 5 de abril
Em entrevista à CNN, ex-presidente afirmou que seguirá recomendação dos advogados e que "nada foi escondido"

A Polícia Federal (PF) colherá na próxima quarta-feira (5) dez depoimentos, incluindo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu ex-ajudante de ordens tenente-coronel Mauro Cesar Lourena Cid, sobre o caso das joias entregues pelo governo da Arábia Saudita.
Bolsonaro e os outros intimados devem comparecer presencialmente, e os depoimentos devem acontecer a partir das 14h30. A determinação para que o ex-chefe de Estado fosse ouvido aconteceu nesta quarta-feira (29).
Um dos estojos foi recebido por Bolsonaro em 2019, quando esteve no país do Oriente Médio. Os outros dois foram presentes recebidos pelo então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, em 2021, quando representou o ex-presidente em agenda na Arábia.
O coronel Marcelo Costa Câmara também será ouvido pela PF. Conforme fontes disseram a Larissa Rodrigues e Teo Cury, da CNN, ele seria o operador de um gabinete paralelo de inteligência e segurança a serviço do ex-presidente. Outros nomes são mantidos em sigilo pelas autoridades.
O primeiro depoimento sobre o caso foi prestado em 8 de março por um membro da comitiva de Albuquerque que foi à Arábia. As autoridades haviam dito que era “relevante”, mas não deram maiores detalhes, visto que o processo está sob sigilo.
A comitiva era composta ao menos por esse assessor e um diplomata.
A PF quer saber ao certo qual o envolvimento de Jair Bolsonaro e o nível de conhecimento do ex-chefe de Estado sobre o caso. Do outro lado, o ex-presidente fez a contratação de um escritório de advocacia especializado em questões alfandegárias.
Além do inquérito na Polícia Federal, um outro processo está correndo no Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o caso das joias. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também apura o caso.
Veja o que sabemos sobre o caso e as investigações nesta matéria.
Bolsonaro diz à CNN que “nada foi escondido”
Em entrevista exclusiva à CNN nesta quarta-feira (29) no aeroporto de Orlando, nos Estados Unidos, antes de embarcar de volta ao Brasil, o ex-presidente Jair Bolsonaro negou irregularidades com as joias e afirmou que os objetos estavam cadastrados.
“Se houvesse má fá por parte de alguém, não teria sido cadastrado. (…) Nada foi escondido. Se a imprensa divulga, é porque tem um cadastro dizendo que foi recebido”, explicou, adicionando que todos os itens estão “a disposição”, disse.
“Deixo bem claro: em 2021, um ministro nosso foi na região (sic) da Arabia Saudita e ganhou dois presentes, um pra mim, um pra primeira-dama. O pra mim, tomei conhecimento no final do ano passado que tinha chegado. A primeira-dama (sic) ficou na alfândega. Ela tomou conhecimento, e eu também, pela imprensa”, ressaltou.
“Foi buscado, documentalmente, com ofícios, nós buscamos recuperar esse material para o acervo, por ofício, ninguém quis buscar na mão grande. Não teve avião da força aérea especificamente pra tentar buscar esse material em São Paulo. O garoto lá prometeu uma carona pra ir pra lá”, complementou.
Sobre o depoimento à Polícia Federal, o ex-presidente pontuou que não há problema e que seguirá a orientação de seus advogados.
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