Justiça

Justiça decreta prisão preventiva de acusado de ataque a creche em Blumenau

Segundo comunicado enviado à imprensa, o magistrado justificou a decisão "à vista da necessidade de manutenção da ordem pública e da reta aplicação da lei penal"

Por 7Segundos com CNN Brasil 06/04/2023 18h06
Justiça decreta prisão preventiva de acusado de ataque a creche em Blumenau
O Hospital Santo Antônio, de Blumenau, informou à CNN por telefone que quatro crianças, com idades de até 2 anos, deram entrada no hospital e estão em atendimento - Foto: Stêvão Limana

O Tribunal de Justiça de Santa Catarina decretou, nesta quinta-feira (6), a prisão preventiva do homem acusado de promover o ataque à creche em Blumenau na quarta-feira, no qual quatro crianças morreram e outras cinco ficaram feridas.

Segundo comunicado enviado à imprensa, o magistrado justificou a decisão “à vista da necessidade de manutenção da ordem pública e da reta aplicação da lei penal”.

“Blumenau, Santa Catarina e o Brasil estão de luto”, afirmou ele após a audiência de custódia, que contou com manifestações do Ministério Público e da defesa do réu, representada pela Defensoria Pública.

Conforme informado pela Justiça, não houve um interrogatório acerca do ocorrido no momento da audiência, já que ela tem “a finalidade única e exclusiva de investigar em quais condições houve a situação de flagrante”.

“É verificado se o conduzido teve respeitado os seus direitos, de integridade física e de acesso à informação, como ligação para advogado e para a família. Durante o ato, não há questionamentos sobre os fatos que levaram à prisão e tampouco a oitiva das partes. Dela participam o juiz, a promotoria, a parte e seu defensor”, disse o comunicado.

Por ter menores de idade nos autos, o processo tramitará sob sigilo na 2ª Vara Criminal da comarca de Blumenau.

O homem de 25 anos teve seu flagrante de delito decretado após o ataque, quando se dirigiu até o 10º Batalhão de Polícia de Blumenau, se entregou e foi encaminhado à Polícia Civil.

Em coletiva de imprensa, o delegado Ulisses Gabriel, responsável pela investigação do ataque, afirmou que o autor do crime já teve quatro passagens pela polícia: uma em 2016, onde foi abordado pela PM por briga em uma casa noturna, outra em março de 2021, quando esfaqueou o seu padrasto, e duas em 2022. Em julho passado, foi abordado em posse de cocaína e, no final do ano, quebrou um portão na casa de seu padrasto e esfaqueou um cão que estava no local.