Brasil registra 114 casos de violência política em 2023, diz estudo
Segundo o levantamento, PT é a legenda com maior número de vítimas identificadas

O Brasil registrou 114 casos de violência política nos primeiros três meses de 2023. O período somou maior número de casos quando comparado com o primeiro trimestre de 2020 e de 2022 –anos eleitorais, em que as ocorrências do tipo crescem no país.
Os dados são do Observatório de Violência Política e Eleitoral da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, lançados nesta segunda-feira (17) e obtidos em primeira mão pela CNN.
Os dados revelam que ameaças, homicídios e outros crimes relacionados às visões políticas não arrefeceram nos primeiros meses do governo de Luiz Inácio Lula da Silva e que o PT é a legenda com maior número de vítimas identificadas.
Neste ano, 54 vereadores e oito prefeitos sofreram algum tipo de violência. Ainda de acordo com o levantamento, 70% de todos os casos registrados dizem respeito a algum tipo de disputa política a nível municipal.
O levantamento, coordenado pelo professor Felipe Borba, considera violência política “qualquer tipo de agressão que tenha o objetivo de interferir na ação direta das lideranças políticas”, como atos para limitar atuação, silenciar, impor interesses e eliminar oponentes.
“Ano eleitoral é sempre mais conflituoso, então, é possível observar uma redução de 13% no número de casos comparando o primeiro trimestre deste ano com o último de 2022. Mas o fato de janeiro, fevereiro e março de 2023 ter mais episódios de violência que 2020, 2021 e 2022 revela que o clima político alimentado nos últimos anos ainda não arrefeceu”, afirmou o coordenador do estudo.
Mais da metade dos casos registrados foi de ameaça: 63 casos ou 55,3%. Em seguida, aparecem as agressões, com 17. Depois, 13 casos de homicídios (11,4%) e 11 atentados (9,6%).
Minas Gerais e Santa Catarina foram os estados que mais somaram casos: 13 episódios cada (11,4%cada). Em seguida, aparece São Paulo, com 12 (10,5%), e Rio Grande do Sul, com sete (6,1%).
Ao todo, 16 estados registraram assassinatos, com destaque para Ceará, Minas Gerais, Mato Grosso e Rio de Janeiro, com dois casos cada (10% cada).
Quando a divisão é por partido, os dados revelam que ao menos 24 legendas foram atingidas por algum episódio violento.
O PT segue na liderança como o mais atingido no período: 22 casos (19,3%), seguido por PL e PP, com nove casos cada um (ou 7,9% cada um).
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