Justiça determina retirada de vídeos com discurso homofóbico de André Valadão
Durante culto na Igreja Batista da Lagoinha, pastor proferiu discurso homofóbico, pontuando que “não é possível um crente aplaudir um casamento homoafetivo”, e sugeriu que fiéis matassem pessoas LGBTQIA+
 
                            O Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6) determinou, na segunda-feira (10), que o Google e a Meta retirem do YouTube e do Instagram, respectivamente, em até cinco dias, os conteúdos referentes ao culto religioso com pregação do pastor André Valadão, dos dias 4 de junho e 2 de julho, com o tema “Deus Odeia o Orgulho”, na Igreja Batista da Lagoinha, nos Estados Unidos.
Caso os conteúdos não sejam apagados, as empresas devem pagar uma multa diária de R$ 1.000.
Na cerimônia, Valadão proferiu discurso homofóbico, pontuando que “não é possível um crente aplaudir um casamento homoafetivo”, e sugeriu que fiéis matassem pessoas LGBTQIA+.
“Agora é hora de tomar as cordas de volta e dizer ‘não, não, não, não, não, pode parar. Reseta’. Aí Deus fala: ‘Não posso mais. Já meti esse arco-íris aí. Se eu pudesse, eu matava tudo e começava tudo de novo. Mas já prometi para mim mesmo que não posso, agora está com vocês’”, disse Valadão na ocasião.
“Você não pegou o que eu disse. Eu disse: tá com você. Vou falar de novo: tá com você. Sacode uns quatro do seu lado e fala: ‘Vamos para cima, eu e minha casa serviremos ao senhor’”, complementou o pastor.
Ele também falou contra drag queens, que estariam entrando “em salas de aula, querendo ensinar sexualidade para nossas crianças. Querendo ensinar crianças a escolherem ser o que elas quiserem”.
Também alegou que crianças estariam tendo “liberdade para definir e serem mutiladas nos seus órgãos genitais”, em referência à transição de gênero.
Em nota oficial, a assessoria de Valadão afirma que ele não foi notificado da decisão judicial. Citam que na segunda-feira o “pastor divulgou manifesto em que afirma jamais ter incentivado a violência contra pessoas da comunidade LGBTQIA+. No texto, diz que sua pregação em culto realizado no dia 2 de julho, em Orlando (EUA), recorreu a uma metáfora retirada de contexto.”
“Primeiro: não admito, nunca admiti e não autorizo que nossos fiéis agridam, firam, ofendam ou causem qualquer tipo de dano, físico ou emocional, a qualquer pessoa que seja. Repudio o uso de violência física ou verbal a pessoas por conta da orientação sexual. Sou contra o crime de ódio e incitação à violência e, como cristão, defendo que Deus ama o pecador. E pecadores somos todos, como diz o apóstolo Paulo em Romanos 3:23. Dependemos, sem exceção, do perdão, da misericórdia e da graça de Deus por meio de Jesus Cristo”, prossegue o líder religioso.
“Apesar da repercussão sobre o culto do dia 2 de julho, preciso dizer que nenhum dos nossos fiéis interpretou o que eu disse da forma como a imprensa divulgou. Não há qualquer relato de agressão ou ameaça. Não fiz nada além do que repetir o que está escrito na Bíblia. Ademais, minha pregação como pastor foi dirigida apenas a fiéis e está protegida pela liberdade de culto, seja no Brasil, seja nos Estados Unidos”, finaliza.
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento para apurar suposto ato de homotransfobia por Valadão.
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