Justiça

Blogueira presa é alvo de mais de 50 processos por ataques infundados, diz delegado

A decisão pela prisão desta sexta-feira (21) foi do juiz George Leão de Omena, com base nos crimes de injúria, calúnia e difamação

Por 7Segundos com TV Ponta Verde 21/07/2023 16h04 - Atualizado em 21/07/2023 17h05
Blogueira presa é alvo de mais de 50 processos por ataques infundados, diz delegado
Blogueira presa é alvo de mais de 50 processos por ataques infundados, diz delegado - Foto: Reprodução / TV Ponta Verde

A blogueira Maria Aparecida, presa na manhã desta sexta-feira (21), é alvo de mais de 50 processos por ataques infundados, que ainda estão em tramitação. A informação foi divulgada pelo delegado Daniel Mayer, em entrevista à TV Ponta Verde, que afirmou que as "notícias" não possuem “lastro de veracidade” e atingem diversas pessoas, entre autoridades do judiciário e legislativas.

Maria já se encontra à disposição da Justiça de Alagoas. O mandado de prisão, expedido pela 12ª Vara Federal, foi cumprido hoje e ela foi presa em casa. A suspeita divulgava notícias supostamente falsas sobre política. A decisão pela prisão foi do juiz George Leão de Omena, com base nos crimes de injúria, calúnia e difamação.

Segundo o delegado, ainda deve sair uma decisão judicial que determinará a manutenção ou o relaxamento da prisão preventiva. Durante a ação, que ocorreu em conjunto entre as polícias Civil e Militar, houve o acompanhamento de um oficial de Justiça. A blogueira esteve acompanhada do próprio advogado em todo o tempo.

“Esse mandado específico se trata de um procedimento sigiloso, inclusive, não foi iniciado pela PC, por se tratar de um crime de natureza privada. Desta vez, a vítima é uma autoridade judicial, uma mulher, que foi alvo de notícias falsas que maculam a honra, conduta e probidade”, explicou.

Mayer ainda afirmou que este tipo ocorrência precisa ter um ponto final. “Não estou questionando a liberdade de expressão, mas sim uma libertinagem, porque nada é provado, não existe algo que subsidie essas afirmações. A sociedade não tolera mais que diversas pessoas usem os direitos como um escudo para a prática reiterada de crimes”.