Alagoas tem o terceiro maior aumento na renda média mensal de PcDs no NE
Mesmo assim, o estado ainda teve a quinta menor renda do Nordeste em 2021
Entre os anos de 2014 e 2021, Alagoas teve o terceiro maior aumento na renda mensal de pessoas com deficiência (PcD) do Nordeste. Os dados são de um estudo realizado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), divulgado nesta semana.
A variação no estado foi de 6,02%, ficando atrás apenas do Ceará (7,1%) e da Paraíba (13,5%), e à frente somente do Rio Grande do Norte (2,6%). Mais da metade da região (55,5%), ou seja, cinco das nove unidades da federação, apresentaram queda durante o período avaliado, são eles Piauí (-0,7%); Pernambuco (-3,12%); Maranhão (-4%); Sergipe (-10,6%); e Bahia (-15,2%).
Mesmo assim, Alagoas ainda teve a quinta menor renda do Nordeste à época, com R$ 2.624. Em 2014, o valor era de R$ 2.475. Neste quesito, o estado supera apenas o Rio Grande do Norte (R$ 2,5 mil); Maranhão (R$ 2,4 mil); Piauí (R$ 2,4 mil); Ceará (R$ 2,3 mil).
No Brasil foi registrada uma variação negativa na remuneração média por mês das PcDs, com o número caindo 5,6% dentro do período avaliado, indo de R$ 3,5 mil para R$ 3,3 mil.
Setores e cargos de direção
Em Alagoas, a quantidade de PcDs ocupando cargos de direção no ano de 2021 foi de 3,54%, superior a nacional, que foi de 2,68%. Enquanto que, no estado, as pessoas sem deficiência representavam 9,68%, quantidade também maior que a do país (5,44%).
Já os setores no Brasil com mais vínculos formais de trabalho com PcDs foram eletricidade e gás (2,7%); atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (2,6%); e água, esgoto, atividade de gestão de resíduos e descontaminação (2%).
Essas contratações aumentaram 37% nacionalmente nos sete anos em questão, indo de 381,3 mil em 2014, para 521,4 mil em 2021. Em Alagoas, o crescimento foi de 19%, saindo de 3,3 mil para 3,9 mil.