Rodrigo diz que depoimento de ex-servidor da CPRM revela que Braskem “agiu de modo irresponsável” em Maceió
Em 2019, a Braskem paralisou suas atividades de extração de sal-gema.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem ouviu, nesta quarta-feira (5/3), o servidor aposentado da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, Thales Sampaio. O senador Rodrigo Cunha (Podemos), membro titular da CPI, fez diversos questionamentos a Sampaio e novas informações sobre atuação da mineradora em Alagoas vieram à tona.
Por exemplo: a Braskem tinha equipe reduzida e não fez os monitoramentos necessários nas minas de extração de sal-gema para garantir a segurança do solo de Maceió. Com o desastre ambiental, algumas minas cederam, levando a rachaduras nas edificações e à evacuação de milhares de pessoas.
Ainda segundo Thales, coordenador dos estudos de avaliação realizados desde os tremores de terra verificados em 2018 e a cargo da estatal Serviço Geológico do Brasil (SGB), os responsáveis pela monitoração da lavra não estavam em quantidade suficiente para a demanda do trabalho. O estudo liderados por Thales concluíram pela responsabilização da Braskem.
De acordo com Cunha, “a explicação de Thales Sampaio mostra que a Braskem, de fato, agiu de modo irresponsável e foi, no mínimo, imprudente. Por isso, precisamos aprofundar as investigações desta CPI buscando reparação digna a Maceió e à população afetada. Este crime ambiental precisa ser passado a limpo”, disse Cunha.
“A minha sensação é que não havia má-fé, existia desaparelhamento de trabalho para saber o que estava se passando (...) A equipe era muito pequena, tinha muito trabalho a fazer. Não quero chamar a equipe de desqualificada, não acho que seja, digo que não tinham as condições que precisavam ter para tocar a explotação de sal. Poderiam ter percebido? Sim, acho que qualquer geólogo experiente teria percebido que as coisas não estavam andando corretamente (...) A sensação que eu tinha é que eles não tinham visto o que estava acontecendo. A Braskem insistia que aquilo não tinha nada a ver com eles”, disse Thales Sampaio em seu depoimento.
Em 2019, a Braskem paralisou suas atividades de extração de sal-gema. Agora, diversos órgãos públicos buscam a responsabilização da empresa por diferentes tipos de danos, como ao meio ambiente, à urbanização, à economia, além dos danos morais aos atingidos pelos acidentes. Alguns acordos foram assinados com a Braskem como resultados desses processos judiciais, a fim de dar mais rapidez na reparação dos danos e evitar a continuação das ilegalidades.
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