Mulheres vítimas de violência recebem apoio e acolhimento no Brota na Grota
Michele Ferreira foi atendida no programa, recebeu acolhimento e conta sua história de vida repleta de desafios e luta para mudar de vida

“Se eu não me amar, quem vai me amar?”. O questionamento feito pela moradora da grota do Estrondo, na Pitanguinha, Michele Ferreira, reflete a transformação recente pela qual ela passou, após ser vítima de violência doméstica.
Mãe de dois filhos, um menino de seis anos e uma menina de cinco, ela se emociona ao lembrar das agressões que sofreu nas mãos do ex-marido, mas falar sobre o assunto é a confirmação de que tem superado o trauma.
Nesta sexta-feira (8), Dia Internacional da Mulher, durante a ação itinerante do Brota na Grota, Michele esteve presente na tenda da Secretaria Municipal da Mulher, Pessoas com Deficiência, Idosos e Cidadania (Semuc), para ter acesso a direitos e também receber acolhimento e aumentar a própria autoestima.
Por conta da situação de agressão vivida dentro de casa, ela se inscreveu no programa do aluguel social Maria da Penha. Apesar do trauma, Michele hoje sente-se feliz em poder cuidar de si e dos filhos e de lutar para melhorar de vida.
“O que eu vivi, eu não desejo para mulher nenhuma. Foram quatro anos com ele. Começou com violência verbal e depois veio o murro, os tapas, e até uma faca ele puxou pra mim. Meu filho até hoje lembra. A gente se separou e graças a Deus ele se afastou. Depois de tudo, eu me desprezei muito, já não ligava mais pra mim. Nem banho eu queria tomar. Mas hoje, eu tô firme e forte. A minha autoestima tem que ser em primeiro lugar, porque se eu não me amar, quem vai me amar?”, reforça.
Entre os serviços oferecidos pela Semuc no Brota na Grota estão, além do aluguel social Maria da Penha, a CNH Social Maria da Penha, inscrição para cursos de empreendedorismo, Emprega Mulher, Banco da Mulher Empreendedora e serviços de beleza e orientações jurídicas.
A coordenadora de Políticas Públicas para as Mulheres, Ruany Bianca, diz que nas ações itinerantes, em média, três mulheres vítimas de violência buscam auxílio junto à Semuc. Mas para além dos serviços, elas também procuram acolhimento.
“Elas buscam autoestima. Buscam acolhimento humanizado e até uma conversa. Estamos mudando a realidade das grotas, e a Prefeitura de Maceió está sendo muito importante nessa mudança, principalmente em prol dessas mulheres em situação de vulnerabilidade social. A Secretaria da Mulher, junto ao prefeito JHC e a secretária Ana Paula, pensa em cada detalhe para ajudá-las. Elas chegam aqui bem cabisbaixas e saem com um sorriso de orelha a orelha”, afirma a coordenadora.
Andressa Alves, moradora da mesma grota e mãe de três crianças, de 1, 8 e 6 anos de idade, também buscou apoio no programa. Ela pretende realizar o sonho de ter o próprio negócio. Com um bebê de um ano, a meta precisou ser adiada, mas foi no Dia da Mulher que ela decidiu se inscrever para o curso de salgadeira, que será o primeiro passo para obter a independência financeira.
“Depois da gravidez, eu tive que sair do trabalho, e o meu trabalho não era com carteira assinada. Mas estou me organizando para colocar meu bebê em uma creche e abrir meu próprio negócio. A Prefeitura de Maceió fez um ótimo trabalho, dando para nós uma oportunidade, porque não é fácil, não é algo que a gente consiga de uma hora para outra. Não estão realizando o sonho de uma pessoa, mas de várias. A gente sai daqui com as esperanças renovadas”, afirma.
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