Economia

Haddad pretende enviar reforma da renda em 2024, diz líder da maioria

Câmara dos Deputados aprovou nesta semana a regulamentação da reforma tributária, proposta enviada pelo ministro da fazenda

Por Metrópoles 11/07/2024 21h09
Haddad pretende enviar reforma da renda em 2024, diz líder da maioria
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto - Foto: REUTERS/Adriano Machado

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pretende enviar a reforma da renda ainda este ano. É o que indica o líder da maioria na Câmara dos Deputados, André Figueiredo (PDT-CE). A intenção da equipe econômica do governo é discutir a proposta em 2025, antes dos preparativos para as eleições gerais de 2026.


A Câmara dos Deputados aprovou, na quarta-feira (10/7), a regulamentação da reforma tributária. O Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 68/2024 foi entregue por Haddad ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), em abril.

No entanto, a discussão a respeito da reforma tributária ainda não acabou. A Câmara dos Deputados deve analisar em agosto o segundo PLP entregue pelo ministro da Fazenda. A proposta em questão trata do Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).

Depois das deliberações no que se refere à reforma tributária, André Figueiredo acredita que os parlamentares devem focar os esforços para discutir a questão da tributação da renda, um ponto defendido por Haddad.

“Ele disse: ‘Se depender de mim, ainda este ano’. Lógico que a gente sabe que precisa ter uma construção dentro do parlamento, que não adianta mandar um projeto que efetivamente não venha a ser votado”, ponderou André Figueiredo.

O líder da maioria enfatizou que a reforma tributária aprovada na Câmara dos Deputados é uma forma de equidade social, visto que foi incluída uma política de devolução de parte dos impostos pagos, o famoso “cashback”, mas reforça a necessidade de cobrar tributos de uma maneira mais justa entre pobres e ricos.

“Ter uma política de cashback no que diz respeito a algumas despesas inevitáveis, água, luz, botijão de gás, e você tem a isenção para itens efetivamente básicos da sobrevivência de cada um”, complementa André Figueiredo.

Mesmo sendo enviada este ano, a reforma da renda terá menos foco em 2024, uma vez que os deputados devem concentrar os esforços nas eleições municipais, marcadas para o segundo semestre deste ano.