Polícia

Morte de recém nascido em Chã Preta segue sob investigação da polícia

Heitor Silva Santos de 21 dias, encontrado sem vida em casa, pode ter tido morte acidental

Por Wanessa Santos 15/07/2024 11h11 - Atualizado em 15/07/2024 12h12
Morte de recém nascido em Chã Preta segue sob investigação da polícia
Heitor Silva Santos morreu por asfixia mecânica, de acordo com o IML - Foto: Cortesia

A Polícia Civil de Alagoas (PCAL) informou que aguarda o resultado final do laudo cadavérico do recém nascido, Heitor Silva Santos, para dar prosseguimento as investigações do caso. O bebê de 21 dias foi encontrado morto em casa, no município de Chã Preta, na última sexta-feira (12). O Instituto Médico Legal de Alagoas (IML/AL) aguarda o resultado dos exames complementares para emitir o laudo cadavérico.

O delegado responsável pelo caso, Fernando Lustosa, também espera o auto de prisão em flagrante da mãe da criança. A mulher, que chegou a ser detida, foi liberada após audiência de custódia. Perícia feita pelo IML/AL no corpo de Heitor não identificou nenhum indício de violência contra a criança.

O perito médico legista, João Paulo, responsável pelo exame, relatou que não foram encontrados sinais de espancamento em Heitor. “Não houve a presença de equimoses ou fraturas, que poderiam indicar violência física” explicou o perito.

O exame cadavérico realizado no corpo da criança revelou indícios de asfixia mecânica por sufocação. Na prática, isso pode significar que o bebê pode ter tido as vias aéreas obstruídas por algum obstáculo (sufocamento direto), ou, pode ter ocorrido a compressão do tórax do bebê, impedindo sua expansão, como pode ocorrer em casos acidentais, por exemplo, quando um adulto dorme sobre a criança (sufocamento indireto).

Os indícios apontam para uma possível morte acidental da criança, uma vez que não existe nenhum sinal do emprego de violência, de acordo com o IML. Para aprofundar a investigação e obter mais informações, foram coletadas amostras de sangue, humor vítreo e conteúdo do estômago do recém-nascido. Esses materiais biológicos serão encaminhados para o Laboratório Forense do Instituto de Criminalística para a realização de exames complementares que ajudarão a esclarecer as circunstâncias da morte.

Próximo passo da investigação será o início das oitivas com familiares e vizinhos da vítima, que consiste no interrogatório das partes ou testemunhas envolvidas no fato.