Educação

Lula sanciona lei que permite prorrogar conclusão de cursos em caso de nascimento de filho

Medida vale também para pessoas que adotarem crianças; iniciativa engloba ensino superior

Por R7 17/07/2024 19h07
Lula sanciona lei que permite prorrogar conclusão de cursos em caso de nascimento de filho
Lula sanciona lei que permite prorrogar conclusão de cursos em caso de nascimento de filho - Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta quarta-feira (17) a lei que permite que pais e mães estudantes prorroguem a conclusão de curso superior, programas de pesquisa e pós-graduação em caso de nascimento de filho ou adoção. O texto foi assinado pelo presidente em cerimônia fechada, no Palácio do Planalto. O Congresso Nacional concluiu a aprovação do projeto no fim de junho.

A iniciativa determina que os prazos deverão ser estendidos por, no mínimo, 180 dias. A medida vale para conclusão de disciplinas, entrega de trabalhos finais, como TCC (trabalho de conclusão de curso), bancas de defesa de pós-graduação e publicação de artigos.

Segundo a lei, em caso de gravidez de risco ou de atuação acadêmica que gere risco à mãe e ao feto, a prorrogação dos prazos pode valer para antes do parto. A extensão pode ser superior a 180 dias quando a criança nascida ou adotada for pessoa com deficiência.

A legislação também permite prorrogação das datas em caso de internação hospitalar do filho por mais de 30 dias. Nessas situações, o prazo maior deverá ser, no mínimo, igual ao período de internação.

Foco em Educação

No fim de junho, Lula enviou ao Legislativo o projeto de lei que estabelece o novo PNE (Plano Nacional de Educação), com 18 objetivos relacionados à educação infantil, alfabetização, ensino fundamental e médio, educação integral, diversidade e inclusão, educação profissional e tecnológica, educação superior, estrutura e ao funcionamento da educação básica.

O plano tem metas para os próximos 10 anos e substitui a legislação atual, que previa 20 objetivos que deveriam ser alcançados até este ano. Entretanto, quase nenhuma meta foi totalmente atingida. Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, o novo plano enfatiza qualidade da aprendizagem, equidade e inclusão para “reduzir a desigualdade educacional”.

No plano atual, por exemplo, uma das metas era alcançar a universalização da educação infantil na pré-escola para as crianças de quatro a cinco anos e o atendimento de, no mínimo, 50% das crianças de até três anos.

Pendente de sanção

Na semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou o texto que reformula o ensino médio. O texto já tinha sido analisado pelo Senado e agora segue para a sanção de Lula. A proposta manteve a alteração do Senado que aumentou a carga horária das disciplinas obrigatórias, como português e matemática, para 2,4 mil horas. No entanto, retirou o espanhol do rol de idiomas obrigatórios. O inglês e o português foram mantidos como disciplinas exigidas.