Dólar fecha no zero a zero, a R$ 5,64, a espera de dados da economia dos EUA
Investidores acompanham os dados da economia dos EUA
O dólar fechou estável ante o real nesta quarta-feira (4), em meio à cautela no exterior antes da divulgação de dados econômicos importantes para a definição do Federal Reserve (banco central dos EUA) sobre o corte de juros neste mês.
Pela manhã, foram divulgados dados fracos do mercado de trabalho nos EUA que acenderam alertas em torno da economia global. Além disso, a queda do minério de ferro e do petróleo também pressionaram a moeda local, fechando a sessão no zero a zero.
Qual a cotação do dólar hoje?
O dólar comercial fechou em queda de 0,03%, a R$ 5,639 na compra e R$ 5,640 na venda. O dólar futuro de próximo vencimento (DOLc1) caía 0,15%, a 5.649 pontos.
Na terça-feira, o dólar à vista fechou em alta de 0,48%, cotado a R$ 5,6439 reais. No ano, a divisa acumula elevação de 16,24%.
Dólar comercial
Compra: R$ 5,639
Venda: R$ 5,640
Dólar turismo
Compra: R$ 5,670
Venda: R$ 5,850
O que aconteceu com o dólar hoje?
Nesta manhã, os mercados globais operavam sob novos temores em relação a maior economia do mundo. O Departamento do Trabalho dos EUA informou que as vagas de emprego em aberto caíram em 237.000, para 7,673 milhões no último dia de julho, o nível mais baixo desde janeiro de 2021.
Os números do Jolts somaram-se aos dados fracos do setor industrial norte-americano, divulgados na terça-feira (3), reforçando preocupações em torno de uma possível recessão nos EUA.
Os números provocaram uma onda de aversão ao risco na véspera, mas nesta quarta-feira a reação foi mais cautelosa.
O real, e seus pares emergentes, também foram pressionados pelos preços de commodities, como o minério de ferro e o petróleo, que pioram as perspectivas para a economia da China, maior importador de matérias-primas do planeta.
Com isso, a moeda norte-americana avançava sobre seus pares emergentes, com altas frente ao peso mexicano, o peso chileno e o peso colombiano.
No cenário nacional, por outro lado, o mercado ainda digeria dados acima do esperado para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, divulgados pelo IBGE na terça-feira, que evidenciaram o aquecimento da atividade econômica e ampliaram as perspectiva de alta na taxa Selic neste mês.
Segundo analistas, o crescimento do PIB no segundo trimestre em relação ao trimestre anterior dá espaço para que o Banco Central seja mais restritivo em seu enfrentamento da inflação, que tem se distanciado do centro da meta de 3% em leituras recentes.
Operadores precificavam 76% de chance de um aumento de 25 pontos-base na Selic, agora em 10,50% ao ano, durante a reunião do Copom deste mês.
As projeções de alta na Selic, somada à expectativa de cortes de juros pelo Federal Reserve, aumentando o diferencial de juros entre Brasil e EUA, é, em tese, positivo para o real, pois torna a moeda brasileira mais atraente para investimentos. No entanto, esse fator permitia apenas a compensação das perdas que o real poderia estar acumulando com a aversão ao risco no exterior.
(Com Reuters)